Por Cris Beloni, Gospel Prime
O Parlamento irlandês aprovou na quinta-feira (13) projeto de lei que legaliza o aborto. Desde maio deste ano, a nova lei aguardava uma resposta. O texto autoriza o aborto sem condições até 12 semanas após a gravidez ou posteriormente em casos de risco à vida da mulher.
Em setembro, muitas irlandesas foram às ruas para protestar contra as leis anti-aborto, ocasião em que chegaram a ingerir pílulas ilegais em frente aos policiais. O país aplicava uma legislação sobre a interrupção da gravidez que, na prática, era como uma proibição quase total da intervenção.
Pela lei antiga, em vigor desde 1983, uma mulher só poderia interromper uma gestação se estivesse em perigo de vida real e iminente, inclusive sob risco de suicídio. A legislação não contemplava o aborto em casos de má-formação cerebral do feto ou em casos de estupro, como ocorre no Brasil.
Antes, uma irlandesa que decidisse interromper uma gravidez indesejada dentro do país poderia ser condenada a até 14 anos de prisão.
“Há pouco mais de 200 dias, o povo irlandês votou para revogar a oitava emenda, que proíbe o aborto […] Hoje, aprovamos a lei que transformará (este desejo) em realidade”, declarou no Twitter o ministro da Saúde, Simon Harris.