O Ministério Público do Peru pediu nesta sexta-feira (12) uma pena de 35 anos de prisão para o ex-presidente, Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), pelo crime de lavagem de dinheiro, com o agravante de organização criminosa, como parte do ramo no país da operação Lava Jato.
O Primeiro Escritório da Equipe Especial da Lava Jato, liderado pelo promotor José Domingo Pérez, apresentou a acusação contra o ex-presidente peruano por corrupção, de acordo com a agência de notícias estatal peruana, “Andina”.
De acordo com as investigações do MP peruano, o grupo organizado por Kuczynski recebeu mais de US$ 12 milhões da Odebrecht e de outras por consultorias secretas e serviços de assessoria para os projetos Olmos, IIRSA e Rutas de Lima, entre outras transações.
Segundo a “Andina”, a acusação do MP também incluiu quatro pessoas físicas e quatro jurídicas, para as quais foram pedidas penas que variam de 11 a 35 anos de prisão.
Em entrevista à emissora de rádio “RPP”, Julio Midolo, advogado de Kuczynski, disse que o ex-presidente não cometeu lavagem de dinheiro e está “bastante calmo” e confiante de que sua inocência será provada.
“Essa acusação ainda não foi formalmente notificada à defesa, mas hoje fomos informados da decisão do promotor de encerrar a investigação”, afirmou.
O ex-presidente está livre e com a possibilidade de deixar o país, de acordo com uma recente decisão da justiça que suspendeu a proibição de sua saída do Peru.
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