Por Jackson Elliott e Zachary Stieber
KENOSHA, Wisconsin – os jurados, na sexta-feira, absolveram Kyle Rittenhouse de todas as acusações.
O júri apresentou o veredicto às 12h10, horário local, e logo após o capataz o leu em voz alta no Tribunal do Condado de Kenosha.
Rittenhouse, de 18 anos, sentou-se em silêncio antes do veredicto ser lido. Logo após, ele começou a tremer e a respirar pesadamente e abraçou seu advogado.
“Vocês foram um júri maravilhoso de se trabalhar”, afirmou o juiz do circuito do condado de Kenosha, Bruce Schroeder, aos jurados.
Schroeder também declarou ao tribunal para não reagir, “não importa o quão forte” sejam seus sentimentos sobre a decisão.
Rittenhouse enfrentou cinco acusações, as quais poderiam resultar em prisão perpétua, incluindo homicídio imprudente de primeiro grau. Uma sexta acusação foi retirada na segunda-feira.
Rittenhouse atirou em três homens em Kenosha no dia 25 de agosto de 2020. O primeiro homem, Joseph Rosenbaum, de 36 anos, estava avançando sobre ele. A mão de Rosenbaum estava sobre o cano do rifle que Rittenhouse segurava, de acordo com o testemunho de um especialista durante o julgamento. A testemunha mais próxima afirmou que Rosenbaum se lançou à arma.
Rittenhouse começou a correr em direção aos policiais, mas foi atacado por várias pessoas, incluindo Anthony Huber, de 26 anos, que atingiu a cabeça de Rittenhouse com um skate. Rittenhouse atirou em Huber.
O terceiro homem baleado, Gaige Grosskreutz, agora com 28 anos, estava apontando uma arma para Rittenhouse quando foi alvejado.
Rosenbaum e Huber morreram devido aos ferimentos. Grosskreutz sobreviveu com um ferimento à bala no bíceps direito.
Os advogados de defesa e Rittenhouse afirmaram que os três disparos foram em legítima defesa. Os promotores declararam que Rittenhouse foi negligente e imprudente no manuseio da arma e deveria ter se rendido aos que o atacaram.
Tropas da Guarda Nacional de Wisconsin estavam estacionadas no início desta semana a cerca de 60 milhas fora de Kenosha, caso começassem distúrbios em resposta ao veredicto.
O governador de Wisconsin, Tony Evers, um democrata, pediu a paz independentemente da decisão do júri.
“Exorto as pessoas que não são da área a respeitarem a comunidade, reconsiderando quaisquer planos de viagem ao local e encorajo aqueles que escolherem se reunir e exercer seus direitos da Primeira Emenda a fazê-lo de forma segura e pacífica”, declarou Evers em um comunicado.
As autoridades em Kenosha afirmaram, na terça-feira, que ainda nada aconteceu para desencadear o fechamento de estradas ou outras medidas de controle de multidão. Eles não responderam imediatamente ao veredicto.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, relatou durante uma coletiva pouco antes do veredicto que a Casa Branca apresentaria um comunicado após o veredicto.
“Temos estado em contato próximo com as autoridades locais por meio dos canais de aplicação da lei para garantir que estamos apoiando qualquer esforço de protesto pacífico”, afirmou.
Do lado de fora do tribunal, manifestantes pró e anti Rittenhouse se reuniram, como tem acontecido durante toda a semana enquanto o júri deliberava.
Vaun Mayes, que mora em Milwaukee, afirmou ao Epoch Times que o veredicto não estava correto.
“Isso envia uma mensagem ao resto da nação que as pessoas podem descer e provocá-los, e se alguém reagir, você pode atirar neles”, declarou. “Kyle fez tudo o que não deveria fazer e esse foi o resultado. Ele pode reivindicar legítima defesa e ir embora”.
Outro homem, que não quis ser identificado, mas relatou que era de Los Angeles, afirmou que o veredicto “significava que a Segunda Emenda sobreviveu”.
“Parabéns ao tribunal”, declarou.
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