O Kremlin pediu nesta terça-feira (30) para que a oposição venezuelana aceite sua “derrota nas eleições presidenciais” de domingo e parabenize o ditador Nicolás Maduro por sua vitória nas urnas.
“Vemos que a oposição não quer resignar-se e aceitar sua derrota, embora acreditemos que deveria fazê-lo e felicitar o vencedor das eleições”, disse Dmitry Peskov, porta-voz da presidência russa, em sua coletiva de imprensa telefônica diária.
Peskov considerou ainda “muito importante”, em referência aos protestos pós-eleitorais que eclodiram no país, “que as tentativas de aquecer a situação na Venezuela não sejam encorajadas por outros países”.
Além disso, defendeu que “a Venezuela esteja livre de interferências externas”, mas não mencionou as denúncias de fraude por parte da oposição e os apelos à transparência feitos por vários países latino-americanos.
O ditador russo, Vladimir Putin, felicitou Maduro na segunda-feira por sua vitória eleitoral, ao mesmo tempo em que lhe disse que era sempre “bem-vindo” em seu país; enquanto os deputados e senadores russos que participaram como observadores negaram que tenha havido fraude.
Por sua vez, a embaixada russa em Caracas pediu na terça-feira aos seus cidadãos no país latino-americano para evitarem, tanto quanto possível, sair às ruas, aglomerações de pessoas e bairros conflituosos.
O governo também aconselhou os turistas russos que planejam viajar para a Venezuela a seguirem cuidadosamente todas as recomendações das autoridades russas.
Dois aliados do Kremlin na América Latina, Cuba e Nicarágua, estão entre os poucos países da região que reconheceram a vitória eleitoral de Maduro.