O Kremlin evitou comentar nesta segunda-feira as polêmicas declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que apoiaria um ataque da Rússia contra países da OTAN que não gastam o suficiente em Defesa.
“Eu sou o porta-voz do (presidente russo, Vladimir) Putin, não de Trump”, afirmou o secretário de imprensa da presidência russa, Dmitry Peskov, quando questionado na sua coletiva de imprensa sobre as declarações do candidato à Casa Branca.
Trump disse no sábado, durante um comício de campanha em Conway (Carolina do Sul), que “encorajaria” a Rússia a atacar qualquer um dos aliados dos EUA na aliança militar com dívidas pendentes, que não gastem os 2% do Produto Interno Bruto (PIB) com os quais se comprometeram.
O alto representante da União Europeia para Relações Exteriores, Josep Borrell, afirmou nesta segunda-feira que a OTAN “não pode ser uma organização militar à la carte”, em resposta às declarações do ex-presidente dos EUA.
As declarações de Borrell seguiram-se às feitas este domingo pelo secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, que acusou Trump de “minar” a segurança do bloco.
“Qualquer sugestão de que os aliados não se defenderão mutuamente mina toda a nossa segurança, incluindo a dos Estados Unidos, e coloca os soldados americanos e europeus em maior risco”, disse Stoltenberg em um comunicado de imprensa.