Kremlin considera plano de Zelensky “ilusório” e recomenda que Ucrânia “recupere o juízo”

Por Agência de Notícias
16/10/2024 15:41 Atualizado: 16/10/2024 15:41

O Kremlin classificou nesta quarta-feira (16) como “ilusório” o Plano de Vitória apresentado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e disse que, para alcançar a paz na Ucrânia, Kiev deve primeiro “recuperar o juízo”.

“Há muitas semanas se fala de um plano de paz ilusório. Muito provavelmente é o mesmo plano americano de lutar conosco até o último ucraniano, que Zelensky camuflou e chamou de ‘plano de paz'”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa diária.

De acordo com o porta-voz, para que haja paz, Kiev deve “recuperar o juízo e entender os motivos que levaram ao conflito na Ucrânia”.

“Pode haver outro plano, um plano verdadeiramente pacífico, baseado no entendimento de Kiev de que a política que está adotando não tem futuro”, declarou.

O Plano de Vitória de Zelensky exige armamentos suficientes e decisões políticas dos aliados para permitir que a Ucrânia realize outras operações contra os territórios russos, revelou o chefe de Estado ao Parlamento nesta quarta-feira.

Zelensky explicou que o segundo ponto do plano consiste, entre outras coisas, em uma lista de armamentos necessários para reforçar as posições ucranianas e levar a guerra para a Rússia, a fim de impedir a criação de “zonas seguras” de tropas inimigas na Ucrânia e fazer com que a opinião pública russa “sinta” as consequências da guerra e aumente sua pressão sobre o Kremlin.

Esse segundo ponto do plano também inclui, como esperado, uma solicitação aos parceiros da Ucrânia para suspender a proibição do uso de armas de longo alcance fornecidas à Ucrânia contra alvos dentro da Rússia.

Outra exigência do documento é que a Ucrânia receba defesas antiaéreas suficientes para fornecer proteção confiável contra ataques russos.

O líder russo, Vladimir Putin, garantiu que não entrará em negociações de paz com Kiev enquanto as tropas ucranianas permanecerem na região fronteiriça de Kursk, onde entraram em 6 de agosto.