Por Jack Phillips
Kim Jong-un fez sua primeira aparição pública em semanas, segundo a mídia estatal norte-coreana.
O evento foi noticiado pela Reuters e pela AFP, citando a agência de notícias estatal KCNA na noite de sexta-feira.
Kim, 36 anos, participou da conclusão de uma fábrica de fertilizantes ao norte da capital Pyongyang, o primeiro relatório de sua atividade pública desde 11 de abril, segundo o jornal.
O relatório não pôde ser verificado de forma independente e nenhuma foto do déspota presente ao evento foi divulgada pela KCNA ou por outra mídia.
No mês passado, houve especulações frequentes sobre sua saúde depois que ele perdeu o evento memorial de 15 de abril em comemoração a seu avô, o fundador norte-coreano Kim Il Sung. Kim participou de cada uma dessas celebrações anuais desde que assumiu o cargo em 2011.
No fim de semana, foram publicados relatos da morte de Kim em várias mídias asiáticas. As autoridades sul-coreanas negaram as acusações, dizendo que ele estava “vivo e bem” e que ele ainda tem o controle do país comunista.
No entanto, a especulação levantou preocupações de que poderia haver um possível vácuo de poder no topo da liderança do regime, exacerbado pelo fato de que a Coreia do Norte é conhecida por possuir armas de destruição em massa.
No início da semana, o secretário de Estado Mike Pompeo disse que os Estados Unidos não tinham visto nenhum relatório sobre o paradeiro de Kim.
“Nós não vimos isso. Não temos informações a reportar hoje, estamos acompanhando de perto ”, afirmou Pompeo na quarta-feira, segundo uma transcrição do Departamento de Estado.
O secretário disse que a Casa Branca está monitorando a situação mais intensamente na Coreia do Norte, observando que o vírus do PCC (partido comunista chinês), um coronavírus que surgiu no país vizinho da China, representará um problema para o país apesar de não ter relatado nenhum caso da doença.
“Existe um risco real de que haja fome, escassez de alimentos, também na Coreia do Norte”, acrescentou. “Estamos observando de perto cada uma dessas coisas, pois elas têm um impacto real em nosso conjunto de missões, que em última instancia é desnuclearizar a Coreia do Norte”.
Os Estados Unidos seguirão a missão de desnuclearização na Coreia do Norte, independentemente de quem esteja no comando.
“Não tenho nada a acrescentar ao status do presidente Kim”, disse Pompeo à Fox News. “Tivemos a oportunidade de interagir com várias autoridades norte-coreanas”, incluindo a irmã de Kim, Kim Yo Jong e outras, acrescentou o diplomata.
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