Kim Jong-un faz aniversário, mas ninguém sabe sua idade

09/01/2018 12:51 Atualizado: 09/01/2018 12:51

O ditador comunista norte-coreano Kim Jong-un comemorou seu aniversário nesta segunda-feira (8), mas em um regime tão hermético quanto o que ele lidera, ninguém sabe ao certo quantos anos ele tem.

Nenhuma celebração oficial foi anunciada, e as mídias asiáticas e mundiais estão com as atenções voltadas para a primeira reunião de alto escalão que será realizada hoje entre as duas Coreias.

Apesar de 1982 ser considerado oficialmente o ano de nascimento de Kim Jong-un, relatos sugerem que o ano foi alterado por motivos simbólicos.

Recentemente, para sancionar Kim Jong-un, o Departamento do Tesouro norte-americano assumiu como sua data de nascimento oficial o dia 8 de janeiro de 1984, de acordo com o jornal Business Insider, caso em que Kim teria 34 anos.

Kim chegou ao poder em dezembro de 2011, quando se acreditava que tinha apenas trinta e poucos, após a morte de seu pai.

Em 2014, o regime organizou em Pyongyang, em comemoração ao seu aniversário, uma partida de basquete com jogadores dos Estados Unidos e da Coreia do Norte, incluindo a presença da antiga estrela da NBA, Dennis Rodman, com quem ele tem uma relação estreita e que cantou “feliz aniversario” para ele.

Kim Jong-un e a ex-estrela da NBA, Dennis Rodman, em 2014, quando o regime organizou em Pyongyang um jogo de basquete com jogadores dos Estados Unidos e da Coreia do Norte (Captura de tela)
Kim Jong-un e a ex-estrela da NBA, Dennis Rodman, em 2014, quando o regime organizou em Pyongyang um jogo de basquete com jogadores dos Estados Unidos e da Coreia do Norte (Captura de tela)

Desta vez, porém, seu aniversário será eclipsado pela reunião com a Coreia do Sul, que acontece em meio à alta tensão na península coreana.

Espera-se que, no meio da crise nuclear que Kim desencadeou com os testes nucleares e de mísseis, a prioridade seja a discussão sobre a possível participação da Coreia do Norte nas próximas Olimpíadas de inverno, e as relações inter-coreanas abordarão as questões de interesse mútuo, talvez com base na proposta feita em julho por Seul.

Em 17 de julho de 2017, Seul propôs a Pyongyang realizar diálogos militares sobre a redução das tensões nas fronteiras e uma reunião com a Cruz Vermelha para discutir a questão de reunir as famílias que foram separadas pela guerra entre as Coreias. A Coreia do Norte ainda não respondeu à oferta de Seul, de acordo com a agência de notícias da Coreia do Sul, Yonhap.

A participação da Coreia do Norte nos Jogos de PyeongChang e uma maior compreensão entre as duas Coreias poderia ajudar a reduzir a tensão regional, depois de um 2017 marcado pelos repetidos testes de armas norte-coreanas e pelas respostas duras do presidente norte-americano Donald Trump a Pyongyang.

No momento, não se sabe se a questão da desnuclearização norte-coreana será discutida.

Foto publicada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA) em 16 de setembro de 2017, mostra o ditador norte-coreano Kim Jong-un acompanhando um exercício de lançamento de mísseis balísticos estratégicos de médio e longo alcances Hwasong-12 (STR/AFP/Getty Images)
Foto publicada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA) em 16 de setembro de 2017, mostra o ditador norte-coreano Kim Jong-un acompanhando um exercício de lançamento de mísseis balísticos estratégicos de médio e longo alcances Hwasong-12 (STR/AFP/Getty Images)

Os Estados Unidos, aliado próximo da Coreia do Sul, deixaram claro que o objetivo com a Coreia do Norte “é conseguir uma desnuclearização completa, verificável e irreversível da península coreana através de esforços diplomáticos”, disse o secretário de Estado Rex Tillerson para a CNN.

Quanto ao início de um diálogo com a Coreia do Norte, Tillerson afirmou: “precisamos de um sinal de que a Coreia do Norte entendeu que essas conversações devem levar a essa única conclusão”.

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