O assessor do gabinete presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, lembrou nesta quarta-feira que as autoridades de Kiev denunciaram em outubro do ano passado que a Rússia tinha minado as comportas da barragem da província de Kherson, destruída em uma suposta explosão na madrugada de terça-feira.
“Outubro de 2022. A Ucrânia adverte ao mundo que a Rússia está preparando um desastre causado pelo homem. As comportas da barragem foram minadas. A resposta… silêncio. Nem preocupação, nem advertências”, escreveu Podolyak em sua conta no Twitter.
Sua mensagem continua com uma referência ao que aconteceu esta semana.
“Junho de 2023. A Rússia explode a usina hidrelétrica de Kakhovka. Não chegou a hora de tirar conclusões? E, quem sabe, descobrir quem, quando, por que e como planejou a destruição da usina”, completou Podolyak.
Em 20 de outubro de 2022, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em um discurso ao Conselho Europeu que tinha “informações de que a Rússia minou a usina hidrelétrica de Kakhovka”.
Zelensky explicou que a barragem continha 18 milhões de metros cúbicos de água. Sua destruição, acrescentou, poderia levar à destruição de 80 municípios no sul da Ucrânia.
“Centenas de milhares de pessoas seriam afetadas”, alertou na ocasião.
A Ucrânia atribui à Rússia as explosões que teriam destruído a barragem e outras infraestruturas da hidrelétrica, localizada em territórios controlados pela Rússia na margem oriental do rio Dniepre.
Kiev afirma que as detonações foram deliberadas e só poderiam ter ocorrido “de dentro” da infraestrutura. Segundo a Ucrânia, Moscou buscaria colocar obstáculos a uma possível contraofensiva ucraniana com esta ação.
Por sua vez, a Rússia negou qualquer responsabilidade pela catástrofe.
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