O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, decretou neste sábado (28) cinco dias de luto nacional pela morte do chefe do grupo terrorista libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio lançado ontem por Israel contra o Líbano, e alertou para a possibilidade de “golpes mais contundentes” de grupos da região contra Israel.
“Apresento meus mais profundos pêsames e condolências a toda uma islâmica (comunidade muçulmana) pela morte de Nasrallah e dos seus companheiros, e declaro cinco dias de luto nacional no Irã islâmico”, anunciou Khamenei em um comunicado.
O líder supremo disse ainda que a morte de Nasrallah fortalecerá a aliança terrorista anti-Israel Eixo da Resistência, formada pelo Hezbollah, o palestino Hamas e os rebeldes houthis do Iêmen, entre outros, e liderada por Teerã.
“Os ataques da frente de resistência ao desgastado e decadente corpo do regime sionista (Israel) serão mais impactantes”, advertiu a mais alta autoridade iraniana, acrescentando que a “natureza maligna do regime sionista não venceu nesta ação”.
Por sua vez, o líder do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou pouco antes que os Estados Unidos são cúmplices do ataque de Israel que provocou a morte de Nasrallah e criticou que a ordem para o bombardeio tenha sido dada a partir de Nova Iorque, onde estava ontem o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“A comunidade internacional não esquecerá que a ordem para este ataque terrorista foi emitida a partir de Nova Iorque e os americanos não podem isentar-se da cumplicidade com os sionistas”, afirmou Pezeshkian em um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal Irna.
Pezeshkian qualificou como “terrorista” o bombardeio israelense contra os subúrbios ao sul de Beirute, no qual morreu, além de Nasrallah, o subcomandante da Guarda Revolucionária iraniana, o general de brigada Abbas Nilrushan, morte à qual não se referiu.
O Irã é um dos principais aliados do Líbano e dos terroristas do Hezbollah, um grupo que apoia desde a sua fundação na década de 1980.