O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, pediu aos chanceleres francês e britânico, Stéphane Sjournat e David Lammy, respectivamente, durante a visita de ambos ao país, que trabalhem juntos não apenas para se defender de um possível ataque do Irã, “mas para atacar alvos importantes” no território da república islâmica.
“Deixei claro para os ministros das Relações Exteriores da França e do Reino Unido: se o Irã atacar, Israel espera que a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França se junte a Israel não apenas na defesa, mas também no ataque”, comentou Katz ao final da reunião.
Katz prometeu que, se o Irã não interromper a “agressão direta e indireta contra Israel”, pagará um preço alto nos campos estratégico e econômico: “Essa é a única chance de evitar uma guerra total”, avisou.
Nesse sentido, Katz apontou para as negociações sobre o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que a delegação israelense vem mantendo desde ontem com os mediadores – Estados Unidos, Egito e Catar – em Doha, apesar da ausência do Hamas, que exige o cumprimento da proposta anunciada pelos EUA no final de maio, ignorando quaisquer emendas introduzidas posteriormente. Apesar disso, espera-se que o Hamas seja informado sobre o que foi discutido nas reuniões, apesar de sua ausência.
“Israel está interessado em um acordo para conseguir a libertação dos reféns e fará todo o possível nas negociações para chegar a esse acordo”, disse Katz.
Até agora, 111 dos 251 reféns sequestrados em 7 de outubro permanecem na Faixa de Gaza, dos quais pelo menos 39 estão mortos, de acordo com o Exército israelense.
Ainda sobre as negociações de Doha, Katz afirmou que o Hamas pode usar as conversas para “endurecer suas posições” e “esperar pelo ataque iraniano a Israel” como alternativa.
“O Irã é o chefe do eixo do mal e o mundo livre deve detê-lo agora, antes que seja tarde demais”, escreveu Katz na rede social X após a reunião em Jerusalém.
Séjourné e Lammy estão realizando a primeira visita conjunta França-Reino Unido a Israel e aos Territórios Palestinos para discutir com as autoridades como evitar uma escalada regional. Espera-se que eles se reúnam com o primeiro-ministro palestino, Mohamad Mustafa, nesta tarde.