“Justiça” do regime russo determina prisão à revelia de viúva de Navalny por extremismo

Por Agência de Notícias
09/07/2024 14:55 Atualizado: 09/07/2024 14:55

O Tribunal de Bassmanni de Moscou, ordenou nesta terça-feira (09) a prisão à revelia de Yulia Navalnaya, viúva do líder opositor russo Alexei Navalny, que morreu em circunstâncias estranhas em uma prisão no Ártico.

O Ministério Público (MP) russo apresentou uma acusação contra Navalnaya, que vive no exterior, por participar de uma associação extremista, pela qual ela foi declarada procurada.

O tribunal atendeu às exigências da investigação e ordenou a prisão de Navalnaya por um período de dois meses a partir da data de sua extradição para o território russo ou de sua detenção na Rússia.

A viúva de Navalny, que prometeu continuar a causa de seu marido no exílio, acusa o líder russo, Vladimir Putin, de ser responsável pela morte de seu marido e afirma que seu poder se baseia em “desinformação, mentiras, enganos e provocações”.

Navalny morreu repentinamente no último dia 16 de fevereiro, um mês antes da eleição presidencial de 17 de março, na qual Putin era o candidato favorito, depois de fazer uma caminhada na penitenciária IK-3 na cidade de Jarp, de acordo com as autoridades penitenciárias.

A oposição russa acusa o Kremlin de estar por trás de sua morte, mas Putin assegura que foi uma morte natural.