Por Agência EFE
A Justiça da Nicarágua ordenou na sexta-feira (11) prisão preventiva por até 90 dias para o político opositor e ex-vice-ministro das Relações Exteriores José Pallais, assim como para a ativista da oposição Violeta Granera, acusados de “traição”.
O Ministério Público informou em comunicado que havia pedido à Justiça a prisão dos dois “porque há fortes indícios de que atacaram a sociedade nicaraguense e os direitos do povo”.
Na terça-feira, a polícia prendeu Granera, que está em regime domiciliar, e um dia depois fez o mesmo com Pallais, vice-ministro durante o governo de Violeta Barrios de Chamorro (1990-1997). Eles são acusados de “realizar atos que minam a independência, a soberania e a autodeterminação, incitando a interferência estrangeira nos assuntos internos, apelando à intervenção militar”, entre outros crimes.
Familiares de ambos e políticos de oposição ao governo do presidente Daniel Ortega pediram a libertação ou uma mudança no regime prisional de Pallais, que está prestes a completar 68 anos, devido a seu estado de saúde, já que ele sofre de doenças crônicas.
O Ministério Público também informou que continuam a ser coletados depoimentos dentro das investigações abertas sobre quatro candidatos presidenciais da oposição que estão presos faltando cinco meses para o pleito de 7 de novembro, no qual Ortega tentará a reeleição.
A polícia nicaraguense, liderada por um consogro de Ortega, Francisco Díaz, mantém presos Cristiana Chamorro, Arturo Cruz, Félix Maradiaga e Juan Sebastián Chamorro García.
Ortega, de 75 anos e que está no poder de forma ininterrupta desde 2007, concorre pela oitava vez à presidência.
O líder sandinista, que foi rotulado como “ditador” pelos Estados Unidos, também coordenou uma junta governamental de 1979 a 1985 e presidiu o país pela primeira vez de 1985 a 1990.
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