Justiça boliviana prorroga detenção da ex-presidente Jeanine Áñez por 5 meses

02/10/2021 16:31 Atualizado: 02/10/2021 16:31

Por Agência EFE

Um juiz boliviano prorrogou neste sábado por cinco meses a prisão preventiva da ex-presidente interina Jeanine Áñez em um dos processos iniciados contra ela a mando do atual governo devido à crise de 2019.

Carolina Ribera, filha de Áñez, relatou em suas redes sociais que o juiz Armando Zeballos prorrogou a medica contra sua mãe. Segundo a filha, foi emitida uma resolução sem evidências, sem provas, nem “qualquer tipo de critério legal”. Ela ainda denunciou que quando visitou a ex-presidente a encontrou “em posição fetal, tremendo como uma folha, à beira da fome”.

“Seis meses de prisão política injusta, e o juiz continua a condená-la com base em suposições fiscais, sem nenhuma prova. Se Jeanine Añez morrer, eu responsabilizo o governo e o judiciário”, destacou a jovem.

A nova disposição judicial foi definida em uma audiência realizada por videoconferência retomada hoje. Ontem, houve suspensão na véspera depois que Áñez teve uma descompensação.

Áñez está na prisão há mais de seis meses como parte de um processo iniciado contra ela a mando do governo, que a acusa de crimes como conspiração, terrorismo e sedição pelo suposto “golpe de estado” dois anos atrás.

O governo de Luis Arce e seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), consideram que a saída de Evo Morales da presidência em 2019 se deveu a um golpe de Estado, enquanto seus detratores sustentam que a crise foi o resultado de uma fraude eleitoral em favor do então presidente nas eleições gerais fracassadas desse ano.

O partido governista iniciou uma série de processos contra Áñez, alguns nos tribunais ordinários e outros em julgamentos de prestação de contas.

A defesa da ex-presidente interina solicitou medidas cautelares à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) devido ao seu estado de saúde, enquanto o governo de Arce exigiu que a petição fosse declarada “inadmissível”.

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