Julgamento de Assange é adiado para segunda-feira devido a possível caso de COVID-19

10/09/2020 22:15 Atualizado: 11/09/2020 06:56

Por Agência EFE

O julgamento de extradição de Julian Assange, a quem os Estados Unidos o acusam por 18 supostos crimes de espionagem e intrusão de computador, foi adiado nesta quinta-feira para segunda-feira por suspeita de que possa haver algum contágio do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês) no tribunal.

A juíza Vanessa Baraitser, da lendária corte criminal de Old Bailey, decidiu adiar o processo a pedido da promotoria e da defesa, após um dos promotores que representou a Justiça dos Estados Unidos, revelar que pode ter sido exposto ao vírus e deve passar por uma análise.

O magistrado solicitou aos advogados que propusessem por escrito como pretendem proceder no julgamento, caso se constatem a existência de um caso de COVID-19, o que pode implicar adiamentos ou realização das sessões por videoconferência (o que já está a ser feito mas apenas para quem não tem acesso ao quarto).

Ao pedir a prorrogação na quinta-feira, o advogado de defesa de Assange, Edward Fitzgerald, afirmou que “devemos operar na presunção” de que seu colega tem o vírus, o que significa que ele também está “na sala” e, portanto, é um risco para o juiz, pessoal do judiciário e o próprio réu, que tem “saúde frágil”.

Assim que for conhecido o resultado do teste, Baraitser comunicará os próximos passos a seguir nesse processo, que foi retomado no dia 7 de setembro, após ter sido adiado em fevereiro, e tem duração prevista de cerca de quatro semanas.

Os EUA atribuem ao fundador do WikiLeaks, de 49 anos, conspiração com o ex-soldado americano Chelsea Manning em 2010 e com outros “hackers” entre 2007 e 2015 para obter e publicar ilegalmente informações secretas em sua plataforma.

Nesta segunda fase do julgamento, a defesa convoca várias testemunhas para depor em apoio à sua tese de que as acusações de Washington têm motivação política, embora a acusação sustente que se trata de meros atos criminosos.

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