Jornal chinês “Global Times” pede que Museu Britânico devolva relíquias supostamente roubadas

Por Agência de Notícias
28/08/2023 16:05 Atualizado: 28/08/2023 16:05

O jornal oficial do regime chinêsGlobal Times” publicou nesta segunda-feira (28) um editorial em que pede ao Museu Britânico para que devolva à China “gratuitamente” todos os artefatos culturais do gigante asiático adquiridos “através de canais indevidos”, após a notícia do suposto roubo de cerca de 2.000 peças de suas instalações.

O editorial também pede que o governo britânico coopere em todos os procedimentos legais para facilitar o processo, ao mesmo tempo que afirma que o museu ganhou a reputação de ser o maior “receptor de bens roubados” do mundo.

“É difícil saber exatamente como é que a China as perdeu para o Museu Britânico, mas a maior parte das coleções chinesas foram certamente saqueadas ou roubadas pela Grã-Bretanha quando criou e depois aproveitou a crise da China, ou até mesmo roubadas diretamente à China”, defende o editorial.

O texto afirma ainda que a entidade “é hipócrita e ridícula” ao utilizar a Lei da Propriedade do Museu Britânico de 1963, “estabelecida por eles próprios”, como desculpa para se recusar a devolver os artefatos culturais.

Os jornal governamental afirma ainda que o desaparecimento das peças “enterrou a afirmação de longa data e amplamente divulgada de que ‘os objetos culturais estrangeiros são mais protegidos no Museu Britânico'”.

O editorial conclui que a atitude “teimosa e evasiva” do Reino Unido “prejudica a imagem e a reputação do Museu Britânico e do país em geral”.

Neste mês, o Museu Britânico, que guarda algumas das mais importantes coleções arqueológicas do mundo, demitiu um funcionário após ter descoberto a perda de joias de ouro, pedras semipreciosas e objetos de vidro datados do século XV a.C. ao século XIX.

As peças, que não estavam à vista do público, mas em coleções abertas apenas a acadêmicos e pesquisadores, desapareceram dos armazéns do museu durante um longo período de anos e algumas delas apareceram à venda em sites na internet já em 2016, segundo a imprensa local.

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