Terroristas da Jihad Islâmica publicou, nesta quinta-feira, um segundo vídeo do refém israelense Sasha Trupanov, de 25 anos, no qual o jovem pede aos israelenses que pressionem as autoridades a “concordar com uma troca e um cessar-fogo” em Gaza.
No vídeo, com cerca de três minutos de duração, Trupanov se referiu à proibição da transmissão da Al Jazeera em Israel como um sinal de que a gravação é recente – o governo fechou o canal no país no último dia 5.
“Estou bem e a minha situação é boa”, começou dizendo no vídeo, no qual afirmou que o “Exército e as forças aéreas” israelense tentaram matá-lo “muitas vezes”, como estes vídeos de propaganda têm tentado transmitir regularmente nos últimos meses.
Em diversas ocasiões, o jovem apelou aos cidadãos para “pressionarem” o governo de Netanyahu, seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, e outras autoridades para “acederem a uma troca de prisioneiros” e a um cessar-fogo.
Esta é a principal exigência do Hamas nas negociações com Israel para parar a ofensiva na Faixa, na qual mais de 36 mil pessoas foram mortas e mais de 80 mil feridas, mas o governo de Netanyahu insistiu em inúmeras ocasiões que não irá parar os ataques até que acabe com a organização islâmica.
Na última terça, a Jihad Islâmica divulgou outro vídeo de Trupanov que durou pouco mais de 30 segundos.
O jovem, que emigrou da Rússia, foi raptado juntamente com sua avó, sua mãe e sua companheira, que foram libertadas no único acordo de trégua alcançado até agora em novembro do ano passado.
Seu pai, porém, foi assassinado pelos milicianos durante os ataques daquele sábado há quase oito meses.
A divulgação deste tipo de vídeo já ocorreu em diferentes ocasiões tanto por parte da Jihad Islâmica como pelo Hamas desde o início da guerra na Faixa de Gaza, algo que Israel descreve como “guerra psicológica”.
Dos 253 sequestrados em 7 de outubro, 121 permanecem no enclave, 40 deles mortos segundo Israel – mais de 70 segundo o Hamas -; enquanto há ainda quatro outros reféns há anos, dois deles mortos.
Desde o início da guerra, Israel e Hamas só chegaram a um acordo de trégua de uma semana no final de novembro, que permitiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos.