Italianos pagarão até 175% a mais neste ano para aquecer suas casas

Por Agência de Notícias
12/11/2022 16:40 Atualizado: 12/11/2022 16:40

Os italianos pagarão até 175% a mais do que no inverno passado para aquecer suas casas, já que não apenas os preços do gás e da eletricidade aumentaram, mas também os combustíveis para estufas e lareiras, segundo alertou neste sábado a Codacons, maior associação de consumidores da Itália.

“Cada vez mais famílias estão optando por substituir ou complementar seus sistemas tradicionais de aquecimento a GLP por estufas, a ponto de nos primeiros cinco meses de 2022, segundo dados oficiais, as vendas desses produtos terem aumentado 28% em relação ao mesmo período de 2021″, explicou a Codacons em comunicado.

Na Itália existem mais de 8,3 milhões de estufas e lareiras, das quais 24,2% utilizam pellets e os 75,8% restantes, lenha.

“Os pellets são um dos combustíveis mais utilizados para estufas domésticas, mas nos últimos meses o seu preço tem aumentado constantemente. Um saco de 15 quilos custava em média 4,35 euros no ano passado, enquanto hoje é vendido por 12 euros, o que representa um aumento de 175%”, indicou a Codacons.

Segundo a associação, “considerando uma casa de 100 metros quadrados, os gastos com pellets passarão de uma média de 780 euros por família em 2021 para os atuais 2.145 euros, um aumento de mais de 1.300 euros”.

“Na origem desta situação está a guerra na Ucrânia, com a consequente proibição da madeira proveniente da Rússia e de Belarus, a dependência da Itália do abastecimento externo e a diminuição das importações dos países produtores do norte da Europa que, para satisfazer as suas necessidades internas, reduziram a oferta no exterior”, detalhou.

O custo da lenha, por sua vez, “passa de uma média de 167 euros por tonelada em 2021 para os atuais 240 euros, o que representa um aumento de 43,7%, enquanto o preço do bioetanol para lareiras e queimadores aumenta 57%”.

Além disso, “um litro de óleo de calefação passa de 1.398 euros por litro em novembro de 2021 para os atuais 1.849 euros, um aumento de 32%”.

A Codacons alertou recentemente que, de acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental e Formação do Consumidor (IRCAF), “se somadas as faturas de gás e energia para 2022, o custo anual da família média é de 3.454,5 euros”.

Nesse contexto, há algumas semanas a organização lançou uma iniciativa de solidariedade social chamada “Pagaremos enquanto pudermos” para que os consumidores notifiquem formalmente suas empresas fornecedoras de que são obrigados a pagar apenas 20% do valor da fatura porque não podem arcar com os aumentos de preços.

 

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