O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira que seu país regressará à guerra quando terminar a atual fase de libertação de reféns na Faixa de Gaza, uma vez que “não há forma” de parar sua ofensiva militar no enclave palestino, enquanto se negocia uma possível prorrogação da trégua com o Hamas que termina hoje.
“Nos últimos dias ouvi uma pergunta: depois de esgotada essa fase de devolução de nossos sequestrados, Israel voltará a lutar? A minha resposta é um inequívoco sim”, reiterou o primeiro-ministro em declarações que são divulgadas enquanto o Catar tenta garantir uma extensão do cessar-fogo temporário em Gaza que começou na sexta-feira.
A trégua interrompeu durante vários dias os combates em Gaza, onde o número de mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro, já ultrapassa 15.000, segundo as informações de órgãos controlados pelo Hamas, portanto, não confiáveis, mas as autoridades israelenses insistem repetidamente que não têm planos para acabar com o atual conflito armado.
“Não há forma de não voltarmos a lutar até o fim. Esta é a minha política, todo o gabinete apoia, o governo apoia, os soldados apoiam, o povo apoia: isto é exatamente o que vamos fazer”, acrescentou, ressaltando que Israel tem três objetivos em Gaza.
“Desde o início da guerra, estabeleci três objetivos: a eliminação do Hamas, o regresso de todo o nosso povo sequestrado e garantir que Gaza nunca mais será uma ameaça para Israel”, lembrou, para em seguida salientar que esses objetivos “continuam válidos”.
O Executivo e o aparelho de Defesa de Israel asseguram que a libertação dos reféns detidos na Faixa – 81 entre israelenses e estrangeiros – se deve à pressão militar exercida até agora sobre o Hamas, que incluiu uma invasão terrestre no norte de Gaza e na Cidade de Gaza, onde a destruição atinge níveis nunca vistos.
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