Por Agência EFE
Israel decidiu suspender, a partir desta quinta-feira (2), a entrada de combustível na Faixa de Gaza — essencial para o funcionamento dos geradores elétricos que suprem a falta de fornecimento — em resposta às centenas de balões incendiários lançados contra seu território causando incêndios no país.
O ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, proibiu a entrada de combustível e gás através do cruzamento de Kerem Shalom, informou hoje o site de notícias “Ynet”.
“A decisão foi tomada em vista do seguido terror dos balões incendiários, e do atrito ao longo da cerca da fronteira”, afirmou o ministério israelense, através de um comunicado.
A proibição entra em vigor hoje mesmo e continuará de forma indefinida, seguindo as recomendações do chefe do Estado Maior, Gadi Eizenkot, de fechar esse cruzamento da fronteira, utilizado para a passagem de mercadorias e que foi alvo de vários ataques por parte de milicianos palestinos nos últimos meses.
Na última semana, Kerem Shalom só operou para permitir a passagem de ajuda humanitária, incluindo alimentos e remédios, mas o acesso de produtos não essenciais estava impedido.
Lieberman explicou que a reabertura total do cruzamento dependerá da situação de calma na região.
“Os moradores de Gaza devem entender que enquanto os balões incendiários continuarem aterrissando no nosso lado e provocando incêndios — nos dois lados da cerca —, a vida não voltará ao normal”, advertiu o ministro.
“A minha mensagem aos moradores de Gaza é: assumam a responsabilidade. Vocês, moradores de Gaza, coloquem pressão sobre a liderança do Hamas”, disse Lieberman, pedindo “zero balões incendiários, zero atrito, zero foguetes e disparos”.
Em abril deste ano teve início, juntamente com as numerosas manifestações das sextas-feiras na chamada Grande Marcha do Retorno, a nova tática de agressão partindo de Gaza, consistindo em enviar balões de hélio com artefatos ligados com combustível para provocar incêndios, que arrasaram hectares de material de cultivo em território israelense.
Ontem, os balões provocaram sete incêndios nas comunidades vizinhas ao enclave litorâneo palestino.