As agências de inteligência israelenses Mossad e Shin Bet divulgaram informações sobre as atividades da rede do grupo terorista islâmico Hamas na Europa, no Oriente Médio e na África, onde planejava ataques em grande escala, de acordo com Israel.
“A organização terrorista Hamas está trabalhando para promover ataques contra alvos no Oriente Médio, na África e na Europa, sob o comando de líderes da organização”, disse um comunicado de ambas as agências, que colaboraram com outros países.
Entre as informações reveladas estão ordens da liderança do Hamas para a aquisição de veículos aéreos não tripulados e o uso de elementos criminais, com o objetivo de realizar ataques semelhantes ao atentado de 7 de outubro em Israel, de acordo com as autoridades israelenses.
Em 14 de dezembro de 2023, as forças de segurança de Dinamarca e Alemanha anunciaram detenções de suspeitos de vínculos com o Hamas na Europa, “que agora são objeto de processos judiciais”.
“Em um esforço contínuo de inteligência, foram descobertas informações consideráveis que demonstram como a organização terrorista Hamas tem agido para expandir sua atividade violenta no exterior a fim de atingir inocentes em todo o mundo”, afirmam o Mossad, que opera no exterior, e o Shin Bet, que está presente em Israel e nos territórios palestinos.
As autoridades de espionagem de Israel divulgaram aos seus parceiros em outros países “um quadro completo e detalhado das atividades terroristas do Hamas, incluindo detalhes das áreas de ação, os alvos dos ataques e os envolvidos na implementação da atividade”.
Isso inclui a identificação dos comandantes do Hamas no Líbano – onde Israel recentemente matou o número dois do grupo, Saleh al Arouri – assim como os membros mais recentes de sua infraestrutura operacional, além de informações confiáveis sobre a intenção do grupo de atacar a embaixada israelense na Suécia.
“O Hamas se inspira na atividade terrorista do regime iraniano e, assim como o regime iraniano, pretende atacar alvos israelenses, judeus e ocidentais a qualquer custo”, acrescentou o comunicado.