Israel ordenou aos seus cidadãos do norte do país que encontrem um refúgio até segunda ordem devido a uma suspeita de infiltração no espaço aéreo a partir do Líbano, em meio à guerra entre o Estado judeu e os terroristas palestinos na Faixa de Gaza.
“Após o relatório inicial de uma suspeita de infiltração do Líbano no espaço aéreo israelense, todos os civis nas áreas onde soaram as sirenes estão convidados a entrar em abrigos e a permanecer neles até novo aviso”, disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel.
“Não foi identificado nenhum impacto em território israelense”, acrescentou.
As sirenes foram ativadas na região das colinas do Golã, no norte de Israel, na fronteira com Líbano e Síria, e colocaram em alerta zonas de Israel como Safed e Tiberíades.
Segundo a imprensa local, trata-se aparentemente de uma infiltração de drones.
“Era isto que temíamos e para o que estávamos nos preparando”, disse o chefe do Conselho Regional, Galil Elyon, ao “Canal 12”, confirmando que não se tratava de um alarme falso.
A fronteira entre Israel e Líbano, que estão tecnicamente em guerra, ficou ainda mais tensa depois que o movimento terrorista islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, surpreendeu Israel no sábado passado com um ataque sem precedentes por terra, mar e ar.
Se a infiltração desta quarta-feira for confirmada, será o maior ataque do Líbano desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
Nesta quarta-feira, um míssil antitanque foi disparado do Líbano contra um posto militar israelense perto de Arab al Aramshe, uma comunidade situada a centenas de metros da fronteira libanesa, sem causar danos ou feridos.
As forças israelenses responderam com ataques em território libanês, entrando no quarto dia consecutivo de hostilidades na zona de fronteira.
Desde domingo, o grupo terrorista xiita libanês Hezbollah e os terroristas palestinos em território do Líbano lançaram vários ataques com mísseis e foguetes, bem como pelo menos uma infiltração em Israel.
Por seu lado, as tropas israelitas atacaram um grande número de pontos no sul do Líbano com artilharia e bombardeios aéreos.
O ataque causou até agora a morte de três terroristas do Hezbollah, além de algumas baixas nas fileiras da Jihad Islâmica Palestina e de três militares israelenses mortos na segunda-feira durante uma infiltração dos terroristas islâmicos a partir do Líbano.
Nenhum grupo reivindicou ainda a responsabilidade pelo lançamento de mísseis antitanque nesta manhã, embora o Hezbollah tenha reivindicado a responsabilidade pelos três lançamentos de mísseis antitanque nos últimos dias e os terroristas palestinos se limitem aos foguetes.
Em cinco dias de guerra entre Israel e Hamas, há registros de mais de 1.200 mortos e 3.000 feridos em Israel, além de 1.055 mortos e pelo menos 5.184 feridos na Faixa de Gaza.
A estes números se juntam pelo menos mil terroristas palestinos mortos em território israelenses em confrontos com as forças de segurança depois de terem se infiltrado a partir da Faixa de Gaza, segundo as últimas estimativas do Exército de Israel.
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