O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus, declarou nesta segunda-feira a jornalistas credenciados na ONU que as Nações Unidas e as organizações humanitárias “devem ter extrema cautela com o número diário de mortos no conflito na Faixa de Gaza divulgado pelo Hamas”.
“A ONU acredita que esses números são confiáveis, mas eu seria muito cauteloso quanto à veracidade de qualquer coisa que venha de Gaza”, disse Conricus em entrevista coletiva por videoconferência na qual enfatizou que as forças israelenses “estão fazendo todo o possível para minimizar os danos aos civis”.
As Nações Unidas usam as estatísticas do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza – território controlado pelo Hamas – em seus relatórios diários, que estimam o número de pessoas mortas pelos ataques israelenses em mais de 8 mil, incluindo mais de 3 mil menores de idade e mais de 2 mil mulheres.
“Eles constantemente aumentam esses números, nunca dizem quantas dessas vítimas são combatentes e, por algum motivo, sub-representam a faixa etária de 17 a 35 anos”, argumentou.
“Infelizmente, vemos esses números sendo usados por muitos na imprensa internacional”, acrescentou Conricus, que também comentou sobre os diferentes dados do ataque que atingiu o Hospital Al Ahly, na Cidade de Gaza, (pelo qual israelenses e palestinos se culparam mutuamente) como um exemplo de “propaganda” do Hamas.
Ele lembrou que o Ministério da Saúde de Gaza informou inicialmente que 500 crianças haviam morrido, mas as investigações da União Europeia indicaram que o número de vítimas poderia variar de 10 a 50. Já os Estados Unidos falam “entre um e 300 menores mortos”.
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