Israel afirmou nesta terça-feira que irá à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para se defender da acusação feita na semana passada pela África do Sul de genocídio contra a população palestina da Faixa de Gaza.
O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, que acrescentou que o país africano se alinha com o grupo terrorista palestino Hamas, o qual Israel acusa de realizar “um ato de genocídio” em seu ataque ao país no dia 7 de outubro, o qual desencadeou o conflito.
“Israel condena veementemente a decisão da África do Sul de agir como advogado do diabo e se tornar cúmplice criminoso dos realizadores do massacre de 7 de outubro, quando mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram 240 reféns”, declarou Levy.
Na última sexta-feira, a CIJ anunciou que recebera documentação das autoridades sul-africanas para iniciar um processo de denúncia contra Israel por supostamente cometer genocídio na Faixa de Gaza, onde mais de 22 mil palestinos foram mortos pela ofensiva israelense, cerca de 75% deles menores de idade, mulheres e idosos, de acordo com informações do Ministério da Saúde que não possui credibilidade por ser controlado pelo Hamas.
“Os atos e omissões de Israel têm caráter genocida, pois foram cometidos com a intenção específica de destruir os palestinos em Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico palestino mais amplo”, argumentou a África do Sul em sua queixa ao tribunal da ONU.
Israel alega que foi o Hamas que tentou cometer genocídio contra o povo judeu em seu ataque de 7 de outubro, “quando seus esquadrões da morte realizaram uma campanha de genocídio sistemático com a clara missão de assassinar o maior número possível de israelenses”, disse Levy.