Israel anunciou na noite desta sexta (25) que está realizando “ataques de precisão” contra alvos militares no Irã, cumprindo a promessa de responder ao ataque com 180 mísseis desferido pelo regime iraniano no dia 1º de outubro.
“Em resposta a meses de ataques contínuos do regime iraniano contra o Estado de Israel, as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão atualmente realizando ataques de precisão contra alvos militares no Irã”, confirmou em comunicado o porta-voz das forças israelenses, Daniel Hagari.
Após a morte do líder máximo do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque israelense em Beirute em 27 de setembro, juntamente com outros 17 líderes desse grupo terrorista, e o início da incursão terrestre israelense no sul do Líbano, o Irã lançou um grande ataque contra Israel em 1º de outubro.
“O regime do Irã e seus aliados na região têm atacado implacavelmente Israel desde 7 de outubro, em sete frentes, incluindo ataques diretos do solo iraniano”, disse Hagari, enfatizando o ‘direito e o dever de responder’.
O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou uma foto dele na sede de comando da base militar de Kyria, após o ataque ao Irã, país acusado há anos de criar dezenas de grupos terroristas satélites na região para conspirar contra Israel, como Hamas, Jihad Islâmica e Hezbollah.
O próprio ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse na quarta-feira que um ataque ao Irã “estaria próximo”, e Netanyahu prometeu no último sábado punir “os agentes iranianos que tentaram assassiná-lo” depois que um drone lançado do Líbano pelo Hezbollah atingiu sua residência particular em Cesareia, na região central de Israel.
“Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas. Faremos tudo o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel”, enfatizou Hagari em um vídeo divulgado pelas Forças de Defesa de Israel.
A imprensa iraniana informou neste sábado que houve “fortes explosões” em Teerã.
O Irã lançou um ataque anterior contra Israel em 13 de abril, em meio às hostilidades regionais e depois que vários membros da Guarda Revolucionária foram mortos em um ataque atribuído a Israel à embaixada iraniana na Síria, ao qual Israel também respondeu de forma limitada.
Após a morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho, em outro ataque atribuído a Israel em Teerã, o regime persa também prometeu retaliação, mas a diplomacia internacional conseguiu conter a resposta, que veio com um ataque de cerca de 300 foguetes e mísseis do Hezbollah em 25 de agosto, que também vingou o assassinato de seu chefe militar e comandante militar, Fouad Sukr, em Beirute, horas antes do assassinato de Haniyeh.