Israel, Estados Unidos e Catar concordaram, neste sábado, em retomar as negociações para chegar a uma trégua com o grupo terrorista Hamas, sem progressos significativos desde o mês de abril, segundo meios de comunicação israelenses.
As conversas serão retomadas na próxima semana, após ontem ter sido acordado em Paris um novo esquema negociado pelo diretor da CIA, William Burns, pelo chefe da Mossad, David Barnea, e pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani.
Na última quinta, o Gabinete de Guerra israelense autorizou sua equipe de negociação a retomar o diálogo com o objetivo de chegar a um acordo que permitisse o regresso dos reféns que permanecem raptados em Gaza desde o dia 7 de outubro do ano passado.
A decisão surgiu após a publicação, feita neste mesmo dia, pelos familiares de cinco das meninas soldados, ainda nas mãos do grupo palestino, do momento em que foram raptadas pelos militantes na base de Nahal Oz, onde cumpriam seu serviço militar obrigatório.
A pressão também veio do Egito, que ameaçou retirar-se como mediador do conflito entre Israel e Hamas devido a acusações de ter feito uma má gestão da última rodada de negociações, o que levou ao seu fracasso em 10 de maio, segundo o jornal The Times of Israel.
Para hoje, como tem sido habitual desde o início da guerra em Gaza, são convocados protestos antigovernamentais em diferentes partes de Israel nos quais se exige a saída do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a convocação de eleições antecipadas e a chegada de um pacto com o Hamas para troca de reféns por prisioneiros.
Ontem, após o resgate de outros três corpos de reféns, entre eles do brasileiro Michel Nisembaum, o premiê israelense e o presidente Isaac Herzog se comprometeram em continuar trabalhando porque consideram que seu “dever nacional” é conseguir o regresso de todos os reféns.