O Exército de Israel anunciou nesta segunda-feira (26) a descoberta e o desmantelamento de um túnel de 700 metros de comprimento usado por combatentes palestinos nos arredores de Deir al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, onde as tropas israelenses têm concentrado uma ofensiva terrestre desde 18 de agosto.
“As tropas da 7ª Brigada continuam a expandir suas operações para os arredores de Deir al-Balah”, anunciaram os militares em comunicado.
Nessa área, os militares também encontraram munição, mísseis antitanque, coletes militares e facas, que, segundo eles, foram encontrados ao lado do berço de um bebê em um prédio residencial.
Nas últimas duas semanas, as forças israelenses eliminaram “dezenas” de combatentes palestinos, sem especificar números, e atingiram mais de 100 alvos em ataques aéreos contra o sul do enclave.
Até então, Deir al-Balah havia sido poupada dos combates na vizinha Khan Younis, mas não dos ataques aéreos, e era um importante ponto de refúgio para os palestinos e um centro de operações para organizações humanitárias. No entanto, há mais de uma semana, as ordens de evacuação também chegaram a esse local e, com elas, a ofensiva terrestre das forças armadas israelenses.
O Exército enviou novas ordens de evacuação para a cidade no domingo, neste caso para um pequeno setor incluído na “zona humanitária” – que também se estende ao longo de Khan Yunis e da costa de Mawasi – justificando a ordem por “atividade terrorista”, disse um porta-voz militar à Agência EFE.
Como resultado dos ataques no coração da cidade, centenas de pacientes fugiram do Hospital dos Mártires de Al Aqsa, informou no domingo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).
“As forças israelenses emitiram uma ordem de evacuação nas proximidades do hospital Al Aqsa, que a MSF apoia, em Deir al-Balah, pedindo às pessoas que fujam. Uma explosão a cerca de 250 metros de distância provocou pânico e muitos fugiram do hospital”, relatou a organização.
Dos 650 pacientes do hospital, apenas 100 permanecem, incluindo sete em unidades de terapia intensiva, detalhou a organização, citando números do Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo terrorista islâmico Hamas.