As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram nesta quarta-feira que dois jornalistas mortos em um ataque aéreo em Gaza no domingo – um caso que gerou controvérsias generalizadas – foram “identificados como agentes terroristas” do Hamas e da Jihad Islâmica.
Na manhã de 7 de janeiro, “tropas israelenses detectaram um drone hostil perto de Rafah, uma ameaça imediata aos soldados próximos”, e um jato de combate foi enviado “para atingir os operadores do drone” que foram mortos no ataque.
Entre eles estavam Mustafa Thuria, colaborador da agência de notícias francesa AFP e alguns veículos, e Hamza al Dahdouh, que trabalhava para a rede de televisão Al Jazeera e era filho do diretor dessa emissora catariana em Gaza, Wael al Dahdouh, que já havia perdido a esposa, outros dois filhos e uma neta em bombardeios israelenses.
“No entanto, a inteligência das FDI confirmou que os dois mortos eram membros de organizações terroristas baseadas em Gaza, ativamente envolvidas em ataques”, disse um porta-voz militar.
Ele acrescentou que, a partir do ataque aéreo que os matou, os dois jornalistas “estavam operando drones, o que representava uma ameaça iminente às tropas israelenses”.
De acordo com as FDI, Thuria, “em um documento encontrado pelas tropas do Exército em Gaza, era membro da brigada do Hamas na Cidade de Gaza, servindo como vice-comandante” de um esquadrão.
Por sua vez, as forças israelenses alegam que Dahdouh fazia parte da Jihad Islâmica “e estava envolvido nas atividades terroristas da organização”.
“Documentos encontrados pelas tropas em Gaza revelam seu papel na unidade de engenharia eletrônica da Jihad Islâmica e seu papel anterior como vice-comandante” de uma unidade de lançamento de foguetes, disse o porta-voz militar.