O presidente de Israel, Isaac Herzog, advertiu nesta quinta-feira que o atual conflito entre seu país e o grupo terrorista palestino Hamas não é “uma guerra entre judeus e muçulmanos”, em um encontro com líderes beduínos no deserto de Negev.
Segundo um comunicado de seu porta-voz, Herzog viajou hoje para Rahat, no Neguev, onde se reuniu com líderes beduínos e com famílias de reféns raptados pelo Hamas durante o ataque do último dia 7 ao território israelense.
“Viemos aqui para dizer que partilhamos profundamente a dor de toda a população árabe-israelense e da sociedade beduína em particular”, disse Herzog, recordando que membros daquela comunidade morreram no ataque do grupo palestino.
Ele enfatizou que a guerra atual é uma disputa entre “pessoas que procuram trazer luz e pessoas que procuram trazer trevas, entre o bem e o mal”.
“Continuaremos vivendo juntos e é importante para mim comunicar a toda a sociedade árabe em Israel a responsabilidade demonstrada por esta comunidade nestes dias difíceis”, disse Herzog, destacando que esta “não é uma batalha política”, mas tem a ver com a capacidade de viver em paz no Oriente Médio e não em uma região manchada de sangue e guerra.
Segundo fontes beduínas, cerca de 20 membros de sua comunidade morreram no ataque do Hamas no último dia 7 em Israel, que deixou cerca de 1,4 mil mortos e mais de 200 reféns que foram levados para Gaza.
Os beduínos, maioritariamente muçulmanos, representam cerca de 3% da população de Israel e vivem em diferentes partes do país, especialmente no deserto do Negev.
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