Israel confirma que matou comandante do Hezbollah em ataque no Líbano

Por Agência de Notícias
30/07/2024 22:11 Atualizado: 31/07/2024 12:50

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram que mataram Fouad Shukr, a quem descreveram como “o principal comandante militar” do grupo terrorista libanês Hezbollah e conselheiro próximo do líder da organização, Hassan Nasrallah, em um bombardeio em Beirute.

“Em uma operação de assassinato seletivo, caças atacaram Beirute, matando Fouad Shukr ‘Sayyid Muhsan’, o principal comandante militar da organização terrorista Hezbollah e responsável pelo treinamento estratégico dela”, disseram as FDI em comunicado.

As autoridades israelenses consideram Shukr responsável pela morte de 12 jovens no último sábado em um ataque com um foguete, atribuído ao Hezbollah, na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, e pelo “assassinato de muitos cidadãos israelenses e estrangeiros ao longo dos anos”.

“Ele atuou como braço direito e conselheiro de planejamento e gestão de guerra do secretário-geral da organização terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah”, acrescenta o texto.

Considerado o “chefe do Estado-Maior” do grupo, ele era responsável pelo arsenal mais avançado do Hezbollah, incluindo mísseis guiados com precisão, mísseis de cruzeiro, mísseis costeiros, foguetes de longo alcance e veículos aéreos não tripulados, e era responsável pelo planejamento de ataques contra Israel, segundo as FDI.

Shukr atuava no Hezbollah há mais de 30 anos e esteve envolvido no planejamento e na execução do ataque à Marinha dos EUA em Beirute em 23 de outubro de 1983 que resultou na morte de 241 militares americanos, e desde então estava na lista dos mais procurados do Departamento de Estado, que ofereceu US$ 5 milhões por informações sobre seu paradeiro.

Ele entrou para o Hezbollah em 1985 e ocupou vários cargos de alto nível na organização, inclusive no Conselho da Jihad, o mais alto fórum militar do grupo.

Na década de 1990, de acordo com Israel, ele promoveu “ataques terroristas” contra as Forças de Defesa de Israel e o Exército do Sul do Líbano (simpatizante de Israel) e, em 2000, esteve diretamente envolvido no sequestro dos corpos dos três soldados israelenses mortos pelo Hezbollah enquanto patrulhavam a fronteira.

As forças israelenses confirmaram horas antes que haviam bombardeado os arredores de Beirute em uma operação que tinha como alvo “o comandante responsável pelo assassinato de crianças em Majdal Shams” – uma referência ao ataque atribuído no qual 12 crianças de 10 a 16 anos foram mortas.