Israel confirmou nesta quinta-feira (17) que matou o líder do grupo terrorista Hamas e cérebro do ataque de 7 de outubro de 2023, Yahya Sinwar, o homem mais procurado pela ofensiva israelense da Faixa de Gaza, confirmou a rádio oficial dos militares israelenses.
“Yahya Sinwar foi eliminado”, informou a rádio oficial, em mensagem similar à que foi divulgada pela televisão pública Kan.
A morte de Sinwar ocorreu em um confronto entre tropas de infantaria e combatentes do Hamas durante uma patrulha de rotina na tarde de quarta-feira em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, informou a imprensa israelense, citando fontes militares.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram horas atrás que, durante suas operações militares no enclave, sem especificar quando ou onde, mataram três terroristas e estavam confirmando se um deles era Sinwar, enquanto garantiam que não havia reféns israelenses na área.
Enquanto Israel aguardava os resultados do DNA que confirmariam a morte, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, publicou em sua conta na rede social X uma imagem com os rostos riscados dos mortos Hassan Nasrallah e Mohamed Deif, líder do Hezbollah e chefe militar do Hamas, respectivamente, com um retângulo preto, levantando o ponto de interrogação sobre Sinwar.
“Vocês perseguirão os seus inimigos, e eles cairão à espada diante de vocês. Nossos inimigos não podem se esconder. Nós os perseguiremos e os eliminaremos”, escreveu Gallant, citando o versículo 26 de Levítico.
Nascido em um campo de refugiados na cidade de Khan Younis, no sul do enclave, Sinwar foi eleito líder do Hamas em Gaza em 2017, depois de construir uma reputação de inimigo ferrenho de Israel e, em 6 de agosto – após o assassinato em Teerã do então chefe do escritório político, Ismail Haniyeh – foi escolhido para o posto mais alto no organograma do grupo terrorista islâmico.
Sinwar é considerado por Israel o mentor dos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 em território israelense, nos quais cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 250 sequestradas, tornando-o o homem mais procurado pelo Estado judeu desde então.
Yahya Sinwar supostamente planejou os ataques de 7 de outubro junto com o chefe das Brigadas al Qassam, Mohamed Deif, que foi morto em um ataque israelense em junho em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Israel já matou vários líderes do Hamas no passado: o fundador do grupo, Sheikh Ahmed Yassin, em março de 2004, e seu sucessor Abdel Aziz al Rantissi, menos de um mês depois, bem como dois outros chefes, Salah Shehade (2002) e Ahmed Jabari (2012).
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