O Exército de Israel confirmou nesta sexta-feira (20) a morte do chefe de operações do Hezbollah, Ibrahim Aqil, bem como de outros membros das suas forças de elite Radwan, no bombardeio que lançou hoje contra os subúrbios ao sul de Beirute.
“Sob a direção precisa da Divisão de Inteligência, caças da Força Aérea atacaram a área de Beirute e mataram Ibrahim Aqil, chefe de operações da organização terrorista Hezbollah”, afirmou um comunicado militar.
Além de Aqil, também foram mortos membros de alto escalão da cadeia de comando da Força Radwan, segundo o Exército israelense, que não informou um número preciso a esse respeito.
Todos “estavam planejando o ataque da ‘Conquista da Galileia’, com o qual o Hezbollah pretendia infiltrar-se nas comunidades israelenses e assassinar civis inocentes”, justificou o comando militar, que aponta Aqil como o líder deste plano.
“(Esses comandantes) planejam há anos seu ‘7 de outubro’ na fronteira norte. Chegamos até eles e chegaremos a qualquer um que ameace a segurança dos cidadãos de Israel”, disse o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, tenente-general Herzi Halevi.
Aqil ingressou no Hezbollah na década de 1980 e desde 2004 servia como chefe de operações, sendo responsável por bombardeios e ataques com mísseis antitanque, segundo o Exército israelense.
Como membro do Conselho da Jihad (principal órgão militar do Hezbollah), também era procurado pelos Estados Unidos, que no ano passado ofereceu uma recompensa de US$ 7 milhões em troca de informações sobre seu paradeiro.
Aqil foi acusado de pertencer à célula terrorista que assumiu a responsabilidade pelo ataque contra a delegação diplomática dos EUA em Beirute, onde morreram 63 pessoas em abril de 1983, e pelo ataque em outubro daquele mesmo ano contra o quartel dos fuzileiros navais americanos no Líbano, onde 241 soldados morreram.
Washington também o acusou de ter participado nos sequestros de cidadãos americanos e alemães no Líbano na década de 1980.
A localização do ataque “destaca que este é mais um golpe da inteligência israelense contra o Hezbollah”, disse à EFE o ex-oficial da inteligência israelense e analista regional Avi Melamed, que enfatizou que “é quase como se o Hezbollah fosse um livro aberto para a inteligência israelense”.