Israel reiterou nesta quarta-feira que o Hamas “é um grupo terrorista desprezível” e condenou as declarações do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que afirmou que o grupo terrorista islâmico palestino “não é uma organização terrorista”, mas sim um “grupo de combatentes da libertação”.
“O Hamas é um grupo terrorista desprezível, pior do que o Estado Islâmico, que assassina brutal e intencionalmente bebês, crianças, mulheres e idosos” e “toma civis como reféns e usa o seu próprio povo como escudos humanos”, reagiu nesta tarde Lior Haiat, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, na rede social X (ex-Twitter).
Além disso, o porta-voz criticou “a tentativa do presidente turco de defender a organização terrorista” e observou que “as suas palavras incitadoras não mudarão os horrores que o mundo inteiro assistiu e o fato inequívoco: Hamas é igual ao Estado Islâmico”.
Os terroristas do grupo islâmico lançaram um ataque surpresa contra Israel, em 7 de outubro, que deixou mais de 1.400 mortos, muitos deles em massacres na zona israelense próxima à Faixa de Gaza, além de mais de duzentos sequestrados.
Este ataque – o pior em termos de número de mortos na história de Israel – desencadeou uma guerra entre o Exército israelense e os terroristas palestinos na Faixa de Gaza que já dura 19 dias.
Erdogan – conhecido pela sua retórica pró-palestina – disse hoje que, embora o mundo ocidental esteja contra o Hamas, acredita que o grupo islâmico está “lutando para proteger a sua terra e os seus cidadãos”.
O mandatário turco acusou Israel de “matar crianças” em Gaza através de bombardeios e disse que cancelou a sua visita planejada ao Estado judeu depois de ter se encontrado com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nos Estados Unidos no mês passado, como parte de um esforço para aprofundar os contatos entre os dois países após o restabelecimento de relações diplomáticas plenas em 2022.
“Netanyahu abusou da nossa boa vontade”, declarou Erdogan, pedindo um “cessar-fogo imediato” na Faixa de Gaza e a abertura urgente de “um corredor humanitário” para os feridos no enclave.
Por outro lado, reiterou o compromisso turco com a causa palestina e recordou que a Turquia enviou até agora oito aviões com ajuda humanitária ao Egito para serem transferidos para Gaza.
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