O Exército de Israel anunciou na sexta-feira (27) que realizou um ataque “preciso” contra o sede central do grupo terrorista libanês Hezbollah, localizado sob um prédio residencial em Beirute, capital do Líbano, onde foram ouvidas fortes explosões.
O ataque foi sentido pele cidade, com grossas nuvens de fumaça negra se erguendo dos subúrbios. Relatos do lado israelense indicam que o líder Hassan Nasrallah, do Hezbollah, possa ter sido atingido.
“Sobre o ataque aos subúrbios do sul de Beirute: Confirmamos que [Hassan] Nasrallah estava no quartel-general visado, depois o Exército lançou bombas que penetraram nos bunkers”, afirmou a Rádio do Exército israelense em uma publicação em sua conta no X.
Na quinta-feira (26), Israel também afirmou a morte de Muhammad Hossein Sarur, líder da unidade aérea do Hezbollah. A morte foi confirmada pelo Hezbollah na sexta-feira.
O ataque em Beirute ocorre horas após o primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, discursar pela manhã na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Em seu discurso, o premiê alertou que Israel seguiria combatendo o Hezbollah ao norte, além do Hamas, na Faixa de Gaza, ao sul, para garantir a segurança de sua fronteira. Netanyahu citou haver milhares de israelenses desalojados e centenas de mortos devido à ação do Hezbollah na fronteira norte de seu país, após o Hezbollah iniciar ataques de mísseis em solidariedade ao Hamas, imediatamente após o massacre de 7 de outubro de 2023.
Oficiais israelense citam mais de 8 mil mísseis, drones e outros projéteis disparados pelo Hezbollah contra Israel em menos de 1 ano.
O fogo cruzado com disparos aéreos entre Israel e o Hezbollah se intensificou no final de setembro. O ministério da saúde do Líbano estimes ao menos 600 mortos e milhares de feridos em decorrência dos ataques.
As tensões provocaram preocupação de um conflito mais amplo na região. Durante a semana, houve discussão de uma possível operação terrestre com tropas israelenses invadindo o Líbano — para a qual os bombardeios seriam preparativos.
O jornal israelense em língua inglesa Jerusalem Post noticiou que o volume e a qualidade do arsenal de foguetes do Hezbollah — de mais de 150 mil projéteis antes da guerra — sofreu significativamente com os recentes ataques israelenses, mas que o grupo terrorista ainda possuía ampla força de combate
Agência EFE contribuiu para este artigo.