O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou nesta quarta-feira a abertura antecipada de um corredor marítimo humanitário para a Faixa de Gaza a partir do Chipre, que estará sujeito a uma “inspeção de segurança israelense coordenada”.
O chanceler israelense, Eli Cohen, fez o anúncio no Chipre, para onde viajou hoje a fim de se encontrar com o chefe da diplomacia cipriota, Constantine Kombus, que chamou a medida de “um passo importante” para Israel se desvincular da situação econômica na Faixa de Gaza.
“Não permitiremos um retorno à realidade que precedeu o ataque terrorista assassino de 7 de outubro”, disse Cohen, de acordo com comunicado divulgado por seu departamento.
Os dois ministros visitaram o centro de coordenação multiuso ZENON e o porto de Larnaca, que deverá ser o ponto de controle de segurança do corredor marítimo.
“Agradeço ao Chipre por seu apoio e cooperação nessa importante iniciativa, que pode ser usada como um centro para a transferência de ajuda humanitária já nas próximas semanas e, em seguida, como uma forma de transferência de mercadorias para a Faixa de Gaza sem passar por Israel”, afirmou.
Antes da guerra, as mercadorias e a ajuda humanitária que entravam na Faixa de Gaza atravessavam duas passagens controladas por Israel – Erez e Kerem Shalom -, país que decidia o que entrava, em que quantidade e quando.
Desde o ataque do Hamas, que de fato governa a Faixa de Gaza, Israel considera que o grupo terrorista islâmico palestino se aproveitou da “ajuda humanitária” que entrava por essas rotas para fins militares.
Desde o início da guerra, a ajuda humanitária para o enclave vem chegando, principalmente pela passagem de Rafah para o Egito, mas nesta semana Israel também permitiu que alguns caminhões entrassem por Kerem Shalom.
“A comunidade internacional precisa entender que o que era não será mais. Não permitiremos um retorno à realidade de 6 de outubro. Não permitiremos que o Hamas ou qualquer outra organização terrorista controle Gaza, e não permitiremos que a Faixa seja uma base para ataques terroristas contra os cidadãos de Israel”, finalizou Cohen.