O porta-voz do Exército de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, alertou nesta segunda-feira (16) que Israel dará uma “resposta mortal” ao grupo terrorista Hezbollah se este continuar a atacar com foguetes e mísseis a partir da fronteira do Líbano.
“Se o Hezbollah se atrever a nos testar, a resposta será mortal. Os Estados Unidos estão nos dando todo o seu respaldo”, disse o porta-voz em uma mensagem televisiva, após oito dias de troca de tiros na fronteira entre Israel e Líbano, em seu pico de tensão mais alto desde 2006.
Por esta razão, Israel anunciou a evacuação das 28 comunidades israelenses localizadas a menos de dois quilômetros da linha azul, a divisória estabelecida pela ONU e guardada pelas Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas desde 2006, quando Israel e o Hezbollah se enfrentaram militarmente.
“O Hezbollah realizou ontem uma série de ataques para tentar desviar os nossos esforços operacionais (para longe da Faixa de Gaza), sob a direção e apoio do Irã, ao mesmo tempo em que colocava em perigo o Estado do Líbano e os seus cidadãos”, afirmou Hagari.
O ponto alto da tensão ocorreu ontem, quando o Hezbollah assumiu a responsabilidade pelo lançamento de seis mísseis antitanque e nove foguetes, aos quais Israel respondeu bombardeando as posições do grupo terrorista no sul do Líbano.
Um projétil acabou atingindo a sede da missão de paz da ONU no Líbano (Finul), na cidade de Naqoura, no sul, cuja origem está sendo investigada pela força da ONU. Seu impacto não deixou vítimas.
Por outro lado, um civil israelense e um soldado morreram ontem em consequência desses ataques. Até o momento não houve trocas de tiros hoje, mas Israel evacuou toda a população a menos de dois quilômetros da fronteira e declarou toda a área até quatro quilômetros da divisória como zona militar.
“Aumentamos as nossas forças na fronteira norte e respondemos agressivamente a qualquer atividade contra nós”, ressaltou o porta-voz, que esclareceu que a evacuação dos residentes tem como objetivo “evitar danos aos civis”.
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