Israel acusa África do Sul de violar Convenção sobre Genocídio ao apoiar o Hamas

Por Agência de Notícias
13/01/2024 02:19 Atualizado: 13/01/2024 02:19

O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, acusou nesta sexta-feira a África do Sul de violar a Convenção sobre Genocídio ao apoiar o Hamas, enquanto o grupo terrorista islâmico busca “a eliminação do Estado de Israel”.

“Quando se trata de Israel, parece que os duplos padrões de alguns países do mundo gritam aos céus. Não há base para as reivindicações da África do Sul contra Israel”, disse Katz em um comunicado após o final da primeira audiência no processo contra Israel por genocídio na Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, iniciado por Pretória.

A equipe jurídica israelense defendeu-se hoje contra estas acusações, depois de a delegação sul-africana ter apresentado ontem as suas razões para acusar Israel de genocídio, não só durante a guerra, mas também nas suas políticas de ocupação anteriores.

Em sua declaração de defesa, Israel acusou a África do Sul de apresentar à CIJ “uma imagem factual e jurídica profundamente distorcida” da realidade da guerra na Faixa de Gaza, que definiu como uma resposta “ao maior assassinato em massa calculado de judeus em um dia desde o Holocausto”, em alusão ao ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados.

“Nenhuma evidência disso foi apresentada, apenas evidências de uma guerra moral defensiva como nenhuma outra”, declarou Katz sobre o caso de genocídio.

A Convenção sobre Genocídio foi promovida pela comunidade internacional em 1948, poucos meses após a criação do Estado de Israel, em grande parte para reparar os abusos cometidos contra o povo judeu durante o Holocausto.

O ministro disse que já tinha telefonado para a equipe jurídica do Ministério das Relações Exteriores para lhes agradecer por seu “desempenho impressionante” no Tribunal de Haia, que “minou os argumentos hipócritas da África do Sul e revelou sua verdadeira face como representante leal de uma organização terrorista”.

“Espero que a denúncia seja imediatamente rejeitada e acredito que a justiça prevalecerá”, completou.