Por Bruna Lima, Terça Livre
No último dia 02 de junho o Ministério da Saúde de Israel emitiu um comunicado sobre a criação de uma “equipe epidemiológica ampliada” para investigar a ligação da aplicação de vacinas com casos de de miocardite entre dezembro de 2020 e maio de 2021.
“A equipe foi criada após um Comitê de Controle e Qualidade levantar suspeitas sobre tal vínculo e apresentar suas conclusões ao Diretor-Geral do Ministério da Saúde”, disse o órgão.
O comitê será formado por três equipes, entre eles especialistas em saúde pública do Departamento de Epidemiologia, do Centro Nacional de Controle de Doenças e ainda representantes da Universidade de Tel Aviv, da Universidade de Haifa e do Technion.
De acordo com o comunicado a doença é mais comum em homens mais jovens, com idade entre 16 e 30 anos e pode ser causada por infecção por coronavírus ou outros vírus, o que será evidenciado com as pesquisas da equipe técnica do Ministério da Saúde.
“Entre dezembro de 2020 e maio de 2021, foram notificados 275 casos de miocardite, dos quais, 148 casos de miocardite ocorreram na época da vacinação (…) geralmente após a segunda dose”, disse as autoridades de Israel.
Apesar das suspeitas de ligação, o Ministério da Saúde Israelense afirmou que 95% dos caos são considerados leves e liberou a vacinação para os cidadãos entre 12 e 16 anos.
Segundo o Diretor-Geral do Ministério da Saúde, Prof. Chezy Levy, “os riscos de complicações de doenças coronavírus superam os riscos apresentados pelos efeitos colaterais da vacina.”
O portal Sciencemag.org noticiou que os casos de miocardite vieram após vacinação com imunizantes Pfizer e BioNTech.
O assunto foi comentado durante o Boletim da Manhã dessa segunda-feira (14), os analistas Allan dos Santos, Carlos Dias e Max Cardoso questionaram a obrigatoriedade das vacinas.
“A questão aqui não é ser um antivacina, um anticiência, é uma questão de liberdade. É uma questão de entender quais são os riscos reais dessas vacinas”, pontuou Max Cardoso.
Conforme o Terça Livre noticiou, nos primeiros meses de 2021 diversos países da Europa identificaram efeitos colaterais das vacinas AstraZeneca, que até então não haviam sido divulgados pelas farmacêuticas.
Os casos de efeitos levaram a Agência de Medicamentos da Europa a divulgar a ligação da AstraZeneca contra a Covid-19 e os casos de coágulos sanguíneos no cérebro em alguns países da Europa.