O Irã intensificou esforços para sequestrar e matar integrantes de governos, ativistas e jornalistas em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos, conforme publicou nesta quinta-feira (01) o jornal americano “The Washington Post”.
O veículo apresenta apuração baseada em documentos oficiais e entrevistas feitas com 15 funcionários do governo nos EUA, alguns países da Europa e Oriente Médio, que falaram sobre o assunto com a condição de permanecerem no anonimato.
Segundo os informes obtidos, o governo do Irã atacou antigos funcionários do alto escalão do Executivo americano e dissidentes iranianos que partiram para os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Turquia e outros países que integram a União Europeia.
Além disso, houve atentados contra meios de comunicação críticos ao regime iraniano e civis israelenses ou pessoas que têm vínculos com Israel, segundo a apuração do “The Washington Post”.
Os serviços de inteligência e segurança do Irã dependem, em grande parte, do que o jornal chama de “agentes”, para conseguir realizar os planos fora do país.
Para isso, oferecem centenas de milhares de dólares a ladrões de joias, traficantes de drogas e outros criminosos que operam em redes criminosas e que cometem assassinatos por encomenda, segundo relataram as fontes.
No entanto, essa forma de executar os planos provocou o fracasso de algumas operações, disseram os funcionários consultados, já que, ou falharam nos complôs ou, em alguns casos, os contratados perderam o interesse ou não realizaram as ordens recebidas.
Mas, os funcionários indicam que a persistência do Irã torna provável que, eventualmente, possa ocorrer o assassinato de um dissidente de alto perfil, que seria um jornalista ou uma figura de um governo ocidental, e isso poderia provocar um confronto direto de algum país com Teerã.
Apenas neste ano, as agências de segurança de países do Ocidente relataram que desbarataram uma tentativa de assassinar o ex-assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, em plena Washington.
O Irã vem sendo palco de intensos protestos desde a morte da jovem Mahsa Amini, em setembro. Ela está sob custódia, após ser presa, supostamente, por não estar utilizando da maneira correta o véu islâmico.
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