Irã rechaça apelo de países da Europa para reduzir tensões com Israel

Por Agência de Notícias
13/08/2024 20:30 Atualizado: 13/08/2024 20:30

O Ministério das Relações Exteriores do Irã rechaçou nesta terça-feira (13) o apelo feito por Alemanha, França e Reino Unido para que deixe de ameaçar Israel e ressaltou que o país não pede permissão a ninguém para defender sua segurança nacional.

“O Irã está determinado a defender sua soberania e segurança nacional, além de ajudar a estabelecer uma estabilidade sólida na região e a criar dissuasão contra a verdadeira fonte de insegurança e terrorismo na área”, afirmou o porta-voz da pasta de Exteriores iraniana, Nasser Kanani, em um comunicado.

O diplomata iraniano disse ainda que seu país “não pede permissão a ninguém no uso dos seus direitos reconhecidos”, em referência a uma resposta ao assassinato do líder político do grupo  terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrido em Teerã no último dia 31 de julho.

Confrontados com um possível ataque iminente do Irã contra o território israelense, Alemanha, França e Reino Unido instaram Teerã e seus aliados, em uma declaração conjunta na segunda-feira, a abster-se de atacar Israel, a evitar uma escalada de tensões regionais e a não pôr em perigo a oportunidade de chegar a um acordo sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

“A declaração dos três países europeus, sem qualquer objeção aos crimes do regime sionista (Israel), solicita descaradamente à República Islâmica do Irã que não puna como um ato de dissuasão o regime que viola sua soberania e integridade territorial”, criticou o porta-voz iraniano.

“A impunidade das autoridades sionistas aumentou sua insolência na prática dos crimes mais atrozes”, completou Kanani.

A República Islâmica do Irã, um inimigo ferrenho de Israel, lidera o chamado Eixo da Resistência, uma aliança terrorista anti-Israel composta pelo Hamas, pelo líbanês Hezbollah e pelos houthis do Iêmen, entre outros.

O Irã já lançou um ataque direto e sem precedentes contra o território israelense em meados de abril, em retaliação ao bombardeio ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, no dia 1º daquele mês, que provocou a morte de sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, entre eles dois generais.