A Guarda Revolucionária do Irã lançou neste domingo (data local) uma primeira onda de mísseis balísticos contra Israel, após um ataque inicial com drones, segundo informou a agência de notícias estatal IRNA.
Ainda de acordo com a agência, os alvos dos mísseis balísticos estariam localizados “dentro dos territórios ocupados e posições do regime sionista”.
Nas últimas quatro décadas, o Irã desenvolveu uma indústria nacional armamentista, devido ao embargo internacional, com especial interesse nos mísseis, e possui vários que atingem 2.000 quilômetros, o suficiente para chegar a Israel.
Os mísseis balísticos iranianos são uma fonte de preocupação para os Estados Unidos, a Europa e alguns países do Oriente Médio, embora as autoridades de Teerã tenham assegurado até agora que têm apenas uma função defensiva e dissuasora.
A Guarda Revolucionária iraniana afirmou hoje que lançou um ataque contra Israel em retaliação ao bombardeio ao consulado iraniano em Damasco, no qual morreram sete membros deste corpo militar de elite no início de abril.
Batizado de “Operação Promessa Verdadeira”, o ataque “faz parte da punição a esse regime ilegítimo e criminoso”, em referência a Israel, destacou a Guarda Revolucionária em um comunicado divulgado pela IRNA.
Pouco depois desse anúncio, o ministro da Defesa do Irã, Mohammad Reza Ashtiani, alertou neste domingo que qualquer país que permita a utilização do seu espaço aéreo ou território para realizar ataques contra solo iraniano receberá uma resposta “forte”.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, tem insistido repetidamente nas últimas semanas que “o regime sionista deve ser e será punido”, ameaças que foram repetidas por praticamente todos os dirigentes do país após o ataque em Damasco.