O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Carlos Faría, se reuniu nesta quarta-feira (21) com o embaixador do Irã no país, Hojjatollah Soltani, para fortalecer a agenda de cooperação entre os dois países, que visam ampliá-la nos próximos 20 anos.
Em um comunicado, a Chancelaria venezuelana informou que as nações estão trabalhando no “Plano para a Cooperação no período de 2022-2042”, que inclui o desenvolvimento de projetos nas áreas de eletricidade, petróleo, saúde, cultura, turismo, agricultura, transporte, ciência e Tecnologia.
A nota oficial divulgada pelo ministério não deu detalhes sobre a conversa entre as duas autoridades.
Em meados de novembro, Venezuela e Irã realizaram, em Teerã, a nona reunião da Comissão Mista de Alto Nível, em que concordaram em habilitar uma ponte marítima, em data não divulgada, para a ampliação do comércio entre os dois países.
Além disso, foram assinados seis memorandos de entendimento nas áreas de formação educacional, nanotecnologia, biotecnologia, petroquímica, probióticos, dosimetria, radiologia, fibra ótima, análise de dados sociais e design de sistemas científicos-tecnológicos.
O líder do Irã, Ebrahim Raisi, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em junho, reforçaram a aliança com um acordo de cooperação estratégica de 20 anos, que prevê colaboração nos setores de petróleo, petroquímica, turismo, alimentação e tecnologia.
‘Eixo do Mal’
Frank Gaffney, presidente executivo do Center for Security Policy, disse em uma entrevista a NTD, mídia irmã do Epoch Times, em 24 de outubro, que China, Rússia, Irã e Coreia do Norte estão formando um “Eixo do Mal” com o intuito de criar uma ordem mundial alternativa, oposto a atual baseada em Estado de direito, democracia e liberdades.
“Pode-se chamar isso de eixo do mal entre a China, que é o ator mais importante do grupo, Rússia, Irã e Coréia do Norte também. Esses quatro estão agora trabalhando de mãos dadas para trazer uma nova ordem mundial. [Essa] é uma frase banal, mas acho que é para isso que eles lutam”, disse Gaffney.
“Eles desejam dominar o mundo para o mal, e nós somos o impedimento para a realização dessa ambição”, indicou Gaffney, acrescentando “Então eles estão colaborando em campo na Ucrânia. Eles estão fazendo armas nucleares, ataques simulados em lugares como Rússia e China. Eles estão colaborando na compra de petróleo russo que é sancionado, petróleo iraniano que é sancionado e, em alguns casos, transferindo-o para o resto do mundo para o lucro da China e das nações sancionadas”.
Na entrevista, Gaffney ressaltou o desprezo ao próprio povo expressado pelas nações do “Eixo do Mal”; destacando particularmente o Irã.
O Irã e a China consideram “seu povo dispensável e, especialmente se evidenciarem qualquer hostilidade em relação a seus regimes, provavelmente serão muito maltratados, de fato. E isso significa que o que está acontecendo no Irã é ainda mais extraordinário; no momento, as pessoas estão enfrentando esse regime com muita coragem, o regime está atacando”, afirmou Gaffney, ex-funcionário do governo Reagan.
O Irã tem testemunhado protestos em todo o país desde a morte de Mahsa Amini, uma mulher de 22 anos morta em circunstâncias suspeitas depois que ela foi presa por usar o hijab de forma inadequada. Os protestos permanecem e as atrocidades do autoritarismo iraniano se acentuaram, com manifestantes sendo condenados a morte e executados em praça pública, denúncias de tortura, prisões arbitrárias e diversas violações denunciadas por ONGs como o Centro para os Direitos Humanos no Irã.
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