O Irã alertou nesta quinta-feira que a proposta dos Estados Unidos para implantar uma coalizão naval internacional para proteger o tráfego marítimo no Mar Vermelho dos ataques dos terroristas houthis do Iêmen enfrentará “problemas extraordinários”.
“Se executarem uma medida tão irracional, enfrentarão problemas extraordinários”, disse o ministro da Defesa iraniano, o brigadeiro-general Mohammad Reza Ashtiani, informou hoje a agência de notícias “ISNA”.
“Ninguém pode fazer movimentos em uma região onde predominamos”, destacou Ashtiani.
Os Estados Unidos afirmaram na semana passada que estão estudando a mobilização de uma força naval internacional juntamente com outros países aliados para enfrentar ataques a navios no Mar Vermelho por parte dos rebeldes houthis do Iêmen, aliados do Irã.
Após a eclosão da guerra entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas em Gaza, os houthis atacaram vários navios comerciais que transitavam ao largo das suas costas através do Mar Vermelho, acusando-os de estarem ligados ao Estado judeu.
Mais recentemente, declararam que atacariam qualquer navio que transitasse perto do Iêmen e se dirigisse a um porto israelense, o que fez soar o alarme na comunidade internacional sobre a segurança dos navios e a importância do Mar Vermelho para o comércio mundial.
Além disso, em meados de novembro, os terroristas capturaram o cargueiro Galaxy Leader, que é propriedade de uma empresa britânica, mas operado pela companhia marítima japonesa Nippon Yusen (NYK Line), embora seja parcialmente propriedade de um empresário israelense.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, defendeu ontem “uma coligação verdadeiramente internacional” para combater os rebeldes houthis no Iêmen.
O Irã comanda o chamado Eixo da Resistência, uma aliança terrorista composta por organizações como o Hezbollah, os rebeldes houthis, o Hamas e a Jihad Islâmica, bem como uma miríade de grupos no Iraque e na Síria.