Investigadores russos disseram à família de Alexey Navalny, morto na prisão em 16 de fevereiro, que não podem liberar o corpo do líder opositor em menos de 14 dias por causa de um “exame químico”, de acordo com os associados do político.
“Os investigadores disseram aos advogados e à mãe de Alexey que não entregarão o corpo, pois precisam de mais 14 dias para um exame químico”, escreveu na rede social X a porta-voz do político, Kira Yarmish.
De acordo com Yarmish, isso é uma “mentira” e uma “piada”. Ela argumentou que os investigadores não estão entregando o corpo para “esconder” possíveis evidências do assassinato de Navalny.
A viúva de Navalny, Yulia, disse nesta segunda-feira que continuará a luta de seu marido contra o Kremlin, o qual ela culpou por sua morte.
“Continuarei a causa de Navalny e convido vocês a ficarem ao meu lado. Alexey amava a Rússia mais do que qualquer outra coisa no mundo”, disse Yulia Navalnaya em um vídeo postado no canal do YouTube do falecido líder da oposição.
A mãe do oposicionista, Liudmila Navalnaya, não foi autorizada pelos funcionários da prisão nem do necrotério a ver o corpo do filho na cidade de Salekhard, perto do local onde estava preso.
“Eles não deixaram entrar. Um dos advogados foi literalmente empurrado para fora”, relatou a equipe de Navalny.
De acordo com a OVD-Info, uma organização que monitora os direitos dos detidos, mais de 60 mil pessoas já assinaram uma petição popular pedindo que as autoridades entreguem o corpo à família.