Um memorando desclassificado do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos revela como o dossiê não verificado da Fusion GPS, uma pesquisa da oposição paga pela campanha presidencial de Hillary Clinton e pelo Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês), foi usado pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) e pelo Departamento de Justiça (DOJ) para obter um mandado de vigilância baseado na Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA) visando espionar um voluntário da campanha de Trump, Carter Page.
O memorando detalha como o Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISC) foi intencionalmente deixado no escuro sobre a fonte das alegações que o levaram a aprovar o mandado de espionagem em outubro de 2016.
O documento revela também que altas autoridades do FBI e do DOJ assinaram o mandado inicial e três renovações subsequentes, incluindo o vice-procurador-geral do presidente Donald Trump, Rod Rosenstein.
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Numa ocasião, o FBI e o DOJ usaram uma reportagem do Yahoo! News baseada no dossiê Trump como prova para estender o mandado da FISA, apesar de a informação não verificada ter vindo da mesma fonte.
O memorando não revela como o mandado da FISA foi posteriormente utilizado.
O Epoch Times usou fontes adicionais, incluindo um relatório secreto desclassificado do Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira para traçar uma imagem mais completa do aparente abuso de poder.
Depois que o mandado inicial da FISA foi aprovado, dezenas, senão centenas, de pedidos de desmascaramento foram feitos por membros seniores da gestão do então presidente Barack Obama para revelar os integrantes da equipe de campanha de Trump.
Isso também abriu as comportas para permitir uma série de vazamentos de inteligência para organizações de mídia, que serviram para virar a opinião pública contra Donald Trump.
Continuando bem depois de Trump ter sido eleito, a espionagem e os vazamentos suscitam sérias preocupações sobre os aparentes esforços da gestão Obama, do DNC e da campanha de Clinton para evitar que Trump fosse eleito e deslegitimá-lo uma vez que ele estivesse no cargo.
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