Por Agência EFE
A Interpol emitiu cartão vermelho para busca e captura de Carlos Treviño, ex-diretor da Petróleos Mexicanos (Pemex), acusado de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A petição foi confirmada quinta-feira para fontes diplomáticas da agência Efe.
O cartão vermelho, permite a busca e prisão de Treviño em mais de 190 países. Sua última localização conhecida é Houston, nos Estados Unidos. A petição foi emitida a pedido da Procuradoria Geral da República (FGR), a qual não se pronunciou sobre o caso.
Ainda na semana passada, um juiz mexicano ordenou a prisão de Treviño, que chefiou a estatal petroleira de 2017 a 2018, no final da presidência de Enrique Peña Nieto (2012-2018).
O ex-oficial, acusado de receber 4 milhões de pesos (cerca de US $ 200.000) em propina, não compareceu ao tribunal, em 7 de setembro, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, o quais motivaram o mandado de prisão.
Emilio Lozoya, também ex-diretor da Pemex (2012-2016) e em prisão preventiva na Penitenciária do Norte da Cidade do México pelo mesmo caso, acusou Treviño, em agosto, de ter participado do suborno em relação ao projeto Etileno XXI, suposto esquema de corrupção da Odebrecht.
O Ministério Público processou uma pasta de investigação onde indica-se que Treviño teria recebido 4 milhões de pesos (cerca de US $200.000) na sua residência no Estado do México, em setembro de 2014.
O dinheiro teria sido doado para dar continuidade ao contrato de fornecimento de etanol entre a Pemex Gas e a Petroquímica Básica e a Braskem, petroquímica subsidiária da Odebrecht.
Treviño negou todas as acusações e enviou uma carta ao juiz, na qual alegava falta de segurança jurídica para um julgamento justo.
Além disso, sua defesa assegurou à mídia local que o ex-diretor da Pemex não possui registro do referido mandado de prisão e que está em Houston, Texas.
O cartão vermelho da Interpol contra Treviño foi emitido enquanto Lozoya enfrenta duas ordens de prisão preventiva, uma emitida na semana passada para o esquema de suborno da Odebrecht e outra na quarta-feira pela compra da fábrica de sucata Agronitrogenados.
Lozoya havia inicialmente usado os “critérios de oportunidade” do FGR para evitar a prisão em troca da denúncia de Treviño, Peña Nieto e outros altos funcionários e políticos da administração anterior que estão implicados na rede de suborno.
No entanto, o Ministério Público mudou seus critérios na semana passada e pediu sua prisão preventiva depois que imagens de Lozoya em um luxuoso restaurante na Cidade do México foram viralizadas, em 9 de outubro, algo que López Obrador descreveu como “imoral”.
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