Insurgentes pedem a milhões de sírios no exterior que voltem para “construir o futuro”

Por Agência de Notícias
09/12/2024 14:18 Atualizado: 09/12/2024 14:18

A coalizão insurgente islâmica que derrubou o presidente da Síria, Bashar al Assad, pediu nesta segunda-feira (09) aos milhões de sírios que foram forçados a deixar o país a regressarem para “contribuir para a construção do futuro”.

Em uma breve mensagem na sua conta do Telegram, o Comando de Operações Militares da aliança convidou “todos os sírios, cujas circunstâncias os obrigaram a abandonar sua terra natal, a regressar e contribuir para a construção do futuro” do país.

“Criaremos as condições adequadas para garantir um ambiente seguro e estável para recebê-los”, prometeu a mensagem do comando militar da Organização para Libertação do Levante (HTS, na sigla em árabe) que derrubou Assad e em seus primeiros comunicados prometeu tolerância com diferentes seitas e confissões do país.

Desde as revoltas populares de 2011, que levaram a uma guerra, mais de 14 milhões de sírios foram forçados a abandonar suas casas, metade deles dentro da Síria, no que representa a maior crise de deslocamento do planeta, segundo as Nações Unidas, que estima que 70% destas pessoas necessitam de ajuda humanitária e 90% vivem abaixo do patamar da pobreza.

A HTS, que assumiu o controle das principais cidades sírias e declarou Damasco livre no domingo, após uma ofensiva de apenas 12 dias, é herdeira da Frente Al Nusra, antiga afiliada da Al Qaeda na Síria, embora a coligação que lidera seja composta por uma variedade de facções insurgentes, incluindo forças pró-Turquia.

Depois de assumir o poder na Síria, a HTS divulgou várias declarações nas quais prometeu tolerância com os seguidores de diferentes seitas e confissões no país, e advertiu seus membros a evitarem maus-tratos ou ataques a civis.