Os preços ao consumidor na Argentina aumentaram 108,8% em abril em relação ao mesmo mês no ano passado, 4,5 pontos percentuais a mais do que na medição interanual da inflação feita em março, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) nesta sexta-feira.
Considerando apenas o próprio mês de abril, os preços subiram 8,4%, o que representa uma aceleração em relação à taxa de 7,7% de março. O percentual também ficou acima da previsão do mercado (7,5%) na última pesquisa feita pelo Banco Central argentino.
Entre os maiores aumentos registrados em abril pelo Indec estão “vestuário e calçados” (28,9% mensal e 120,7% interanual), devido à mudança de estação; seguido por “alimentos e bebidas não alcoólicas” (41,2% mensal e 115% interanual), que teve a maior incidência em todas as regiões, devido ao aumento de carnes, vegetais, laticínios e ovos.
Os aumentos também predominaram nas categorias “restaurantes e hotéis” (35,4% mensal e 126,6% interanual); e “equipamentos domésticos e manutenção” (27,3% mensal e 111,3% interanual), enquanto as que tiveram a menor variação foram “educação” (41,3% mensal e 98,5% interanual) e bebidas alcoólicas e tabaco (26,9% mensal e 114,3% interanual).
Em todo o ano de 2022, os preços ao consumidor acumularam um aumento de 94,8%, com uma notável aceleração em relação aos 50,9% registrados em 2021.
A Argentina, que deve cumprir os requisitos de um acordo assinado no ano passado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para refinanciar um empréstimo milionário definido em 2018, enfrenta uma situação econômica complicada marcada pela escassez de moeda internacional e pela desvalorização do peso, que tende a ser repassada mês a mês em um aumento nos preços de bens e serviços.
Entre para nosso canal do Telegram
Assista também: