Por Agência EFE
A Índia anunciou nesta terça-feira (24) o bloqueio do aplicativo do gigante do comércio eletrônico Alibaba e de outros 42 apps, a maioria de origem chinesa, em meio à escalada das tensões entre os dois países asiáticos.
Os 43 aplicativos sancionados pelo governo indianos passam a integrar uma lista de mais de 170 que foram proibidos no país desde o início dos confrontos na fronteira dos disputados territórios do Himalaia em junho.
“O governo da Índia emitiu uma ordem hoje sob a seção 69A da Lei de Tecnologia da Informação bloqueando o acesso a 43 aplicativos móveis”, detalhou o Ministério de Tecnologia da Informação em comunicado, no qual acrescentou que a decisão foi tomada após o recebimento de “relatórios completos do Centro de Coordenação de Crimes Cibernéticos da Índia”.
“Esta ação se baseia nas contribuições relacionadas a essas solicitações de participação em atividades que prejudicam a soberania, a integridade e a defesa da Índia, a segurança do Estado e a ordem pública”, afirma o texto.
Os supostos “ataques cibernéticos” descritos pelas autoridades indianas ocorreram durante o aumento da tensão na fronteira após um confronto no oeste do Himalaia, que deixou pelo menos 20 soldados indianos mortos e mais de 70 feridos no dia 15 de junho.
Embora China e Índia tenham concordado em reduzir a escalada militar, a tensão permanece.
A lista de apps bloqueados inclui diversos serviços do conglomerado de e-commerce Alibaba, plataformas de namoro online, entre outros, que tinham o país – que conta com uma população de mais de 1,35 bilhão de pessoas – como um de seus principais mercados.
O governo da Índia já havia proibido o uso de 59 apps para dispositivos móveis em junho deste ano, e de outros 118 em setembro, incluindo a popular rede social TikTok, por razões semelhantes semelhantes às apresentadas nesta terça-feira.
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