A Polícia Nacional do Peru (PNP) disparou nesta quinta-feira gás lacrimogêneo contra um pequeno grupo de manifestantes que protestavam no centro de Lima para exigir o fechamento do Congresso, que na véspera destituiu o ex-presidente Pedro Castillo, após ele ter anunciado a dissolução do Parlamento.
Os incidentes começaram na parte da tarde no centro histórico da capital, onde cerca de 200 cidadãos se reuniram para exigir o fechamento do Parlamento e alguns deles a libertação do ex-presidente, que desde ontem está detido no presídio de Barbadillo, no distrito de Ate, em Lima.
Conforme apurou a Agência EFE, o grupo de manifestantes planejava ir até as proximidades do Palácio Legislativo, mas os policiais intervieram com gás lacrimogêneo.
As ruas do centro de Lima também testemunharam confrontos ontem entre um pequeno grupo de simpatizantes e opositores do ex-presidente Castillo, depois que o plenário do Congresso aprovou uma moção de vacância (destituição) contra ele, com o voto favorável de 101 dos 130 parlamentares.
A votação desse pedido de destituição presidencial foi antecipada depois que o ex-presidente anunciou em uma mensagem surpresa à nação sua decisão de dissolver o Parlamento, reorganizar a Justiça e instituir um governo de emergência que governaria por decreto.
Esta ordem, amplamente interpretada como uma tentativa de golpe de Estado, não obteve o aval da maioria dos agora ex-membros do seu governo, nem das Forças Armadas, da Polícia Nacional, do Tribunal Constitucional e da Magistratura.
Como resultado desses acontecimentos, a vice Dina Boluarte assumiu a presidência do país e Castillo foi preso e levado para uma prisão, onde permanecerá até pelo menos a próxima terça-feira.
Foi o que ditou hoje um juiz supremo que deferiu o pedido do Ministério Público que pedia sete dias de prisão preventiva contra o ex-presidente, enquanto este é investigado pela suposta prática do crime de rebelião.
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